A sexta versão do iPhone vem aí e continua a gerar expectativa

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A Apple mantém o mesmo tamanho de ecrã desde o primeiro modelo Shannon Stapleton/Reuters

Já é o sexto modelo, mas nem por isso deixa de ser aguardado com expectativa, tanto por consumidores fãs da marca, como pelos concorrentes que, desde 2007, têm seguido atrás do conceito de smartphone que a Apple introduziu no mercado. Esta quarta-feira, às 18h (hora de Lisboa), numa conferência em São Francisco, será mostrado o novo iPhone.

O anúncio surge numa altura em que as vendas do iPhone abrandaram e estão a crescer menos do que o resto do sector, um fenómeno que acontece porque os consumidores estão precisamente à espera do novo modelo e porque o alargamento deste mercado também tem sido conseguido graças aos modelos mais baratos com que a Apple não compete.

Segundo números da analista IDC, a Apple foi responsável por 16,9% de todos os smartphones enviados para o retalho ao longo do segundo trimestre deste ano, um valor que é uma quebra face aos 23,1% do trimestre anterior e aos 18,1% do segundo trimestre de 2011. Esta quota de mercado perdida foi sobretudo conquistada pela profusão de dispositivos Android, que se dirigem a vários segmentos e cujos preços que começam nas poucas dezenas de euros. Já o crescimento do Windows Phone, da Microsoft, é residual.

A apresentação da Apple tem sido antecedida pela habitual abundância de rumores, mas não há informações oficiais. Uma das dúvidas é saber se a empresa vai manter o tamanho do ecrã nas 3,5 polegadas que tem usado desde sempre ou se acompanha a tendência do mercado, onde surgiram telemóveis de ecrãs significativamente maiores. A Samsung, líder no sector e a grande rival, é uma das marcas que tem apostado em telemóveis com ecrãs muito maiores do que o iPhone, como é o caso do best-seller Samsung Galaxy III, que tem um ecrã de 4,8 polegadas.

Com a chegada de um novo iPhone, e se a Apple mantiver o que fez nos anos anteriores, alguns modelos antigos continuarão à venda, a um preço mais reduzido. Esta estratégia tem permitido à empresa trabalhar apenas num smartphone por ano, mas acabar por ter aparelhos para diferentes patamares de preços e chegar a consumidores que não estão dispostos a pagar pelo topo de gama.

O evento da Apple, que poderá também trazer outras novidades para lá do iPhone, acontece poucos dias após a Nokia ter mostrado as mais recentes apostas: os modelos Lumia 820 e 920, já equipados com Windows Phone 8, a mais recente versão deste sistema operativo. O anúncio (em que a Nokia não anunciou preços, nem datas) foi marcado por críticas surgidas depois de se tornar público que a empresa mostrou durante a apresentação imagens supostamente gravadas com a câmara do Lumia 920, mas que afinal tinham sido captadas com outro equipamento.

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