Angela Merkel insiste na austeridade como fórmula para superar a crise
A chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu que a fórmula para superar a crise passa pela austeridade e por reformas estruturais e garantiu que o pacto orçamental entre 25 dos 27 estados-membros da União Europeia não será renegociado.
Em declarações que serão publicadas na quarta-feira pelo diário Hamburger Abendblatt, a chefe do governo alemão voltou a recusar um programa conjuntural “multimilionário”.
“É importante que nos esqueçamos da ideia de que o crescimento custa sempre muito dinheiro e que, por isso, o caminho a seguir é um caro programa conjuntural”, acrescentou Merkel.
O pacto orçamental entre 25 dos 27 líderes da UE parte do pressuposto de que é injusto para com as gerações futuras “viver sobre uma montanha de dívidas permanentemente em crescimento”.
A chanceler considerou que o que é preciso é “coragem política e criatividade, mais do que milhares de milhões de euros” e defendeu que a luta contra o desemprego entre os jovens passa pela flexibilidade das regras para a ocupação dos jovens e pela melhoria da formação profissional.
Merkel tem vindo a insistir que não haverá mudanças no pacto orçamental, por muito que o candidato socialista à presidência francesa, François Hollande, se tenha comprometido a reabrir as negociações.
O pacto orçamental é “inegociável”, porque 25 dos 27 membros da UE o subscreveram, entrou em trâmites parlamentares na maioria desses países e não é susceptível de “modificações”, argumentou.
Esta posição não implica um “confronto” com Hollande, mas sim uma “constatação” da realidade, disse ainda.