Angela Merkel insiste na austeridade como fórmula para superar a crise

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“É importante que nos esqueçamos da ideia de que o crescimento custa sempre muito dinheiro", diz Merkel Fabrizio Bensch/Reuters

A chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu que a fórmula para superar a crise passa pela austeridade e por reformas estruturais e garantiu que o pacto orçamental entre 25 dos 27 estados-membros da União Europeia não será renegociado.

Em declarações que serão publicadas na quarta-feira pelo diário Hamburger Abendblatt, a chefe do governo alemão voltou a recusar um programa conjuntural “multimilionário”.

“É importante que nos esqueçamos da ideia de que o crescimento custa sempre muito dinheiro e que, por isso, o caminho a seguir é um caro programa conjuntural”, acrescentou Merkel.

O pacto orçamental entre 25 dos 27 líderes da UE parte do pressuposto de que é injusto para com as gerações futuras “viver sobre uma montanha de dívidas permanentemente em crescimento”.

A chanceler considerou que o que é preciso é “coragem política e criatividade, mais do que milhares de milhões de euros” e defendeu que a luta contra o desemprego entre os jovens passa pela flexibilidade das regras para a ocupação dos jovens e pela melhoria da formação profissional.

Merkel tem vindo a insistir que não haverá mudanças no pacto orçamental, por muito que o candidato socialista à presidência francesa, François Hollande, se tenha comprometido a reabrir as negociações.

O pacto orçamental é “inegociável”, porque 25 dos 27 membros da UE o subscreveram, entrou em trâmites parlamentares na maioria desses países e não é susceptível de “modificações”, argumentou.

Esta posição não implica um “confronto” com Hollande, mas sim uma “constatação” da realidade, disse ainda.

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