Estado endividou-se a três meses com juros em alta ligeira

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Claúdia Abdrade (arquivo)

O Estado voltou hoje ao mercado de dívida pública de curto prazo, emitindo 854 milhões de euros de títulos a três meses com os juros a subir ligeiramente.

Aquele montante fica um pouco abaixo do ponto médio do intervalo anunciado para o montante que o Estado pretendia obter, que era de 750 milhões a mil milhões de euros, tendo o juro médio a pagar ficado em 4,959 por cento, 2,1 por cento acima dos 4,854 por cento pagos na última emissão semelhante, quando tinham descido ligeiramente face à anterior.

A procura foi de 2,2 duas vezes o montante colocado, face a 1,8 vezes no leilão precedente, a 17 de Agosto, que era no entanto conjunto com uma emissão de bilhetes a seis meses.

Desde que Portugal assinou o memorando de entendimento com a troika, esta é a 14.ª vez que vai aos mercados, sempre em emissões de curto prazo em que os juros rondaram sempre os cinco por cento.

Esta taxa de juro de quase cinco por cento ao ano por empréstimos a três meses fica mais cara do que os cinco por cento que país paga à troika ao ano, mas permite ao país manter uma presença mínima nos mercados de dívida, tal como acontece com a Grécia.

O director de gestão de Activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, considera que estes valores de taxa de juro não reflectem ainda os efeitos das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e que “temos que esperar mais tempo para ver esses resultados na despesa e na receita do Estado”.

Notícia actualizada às 11h41
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