Carrefour disponível para novas parcerias no Brasil

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Carrefour está a subir esta tarde ligeiramente na bolsa de Paris Manuel Roberto

Depois do fim da proposta de fusão com o Pão de Açúcar, no Brasil, a retalhista francesa Carrefour diz estar disponível para estudar novos projectos de aproximação empresarial no mercado brasileiro.

O projecto de fusão entre o Carrefour e a maior accionista do Pão de Açúcar chegou ontem ao fim, depois de as autoridades brasileiras responsáveis por conduzir o processo terem decidido suspender o processo.

À parte disso, a distribuidora francesa fez hoje saber que mantém o mercado brasileiro como um dos eixos dos seus objectivos de investimento no estrangeiro. “Se houver uma nova proposta, será algo totalmente novo”, declarou o seu director financeiro, Pierre Bouchut. E, à parte do desfecho da iniciativa, as acções do grupo estavam ao início desta tarde a subir na bolsa de Paris, para 0,59 por cento (para 22,120 euros por título).

A rede Pão de Açúcar é detida maioritariamente pela (também francesa) Casino e a ideia da fusão com o Carrefour partiu de Abilio Diniz, fundador da retalhista brasileira.

Abilio Diniz apresentou um estudo ao conselho de administração da Casino no qual defendia as vantagens da fusão, mas a detentora da Pão de Açúcar contrapôs com outro documento a evidenciar as desvantagens da junç

De acordo com a edição online do diário Folha de São Paulo, a Casino acusava Abilio Diniz de agir de forma ilegal, por já ter negociado o direito de controlo da Pão de Açúcar a partir do próximo ano.

O conselho de administração da Casino acabou por rejeitar a operação e, depois disso, a sociedade que tinha sido constituída especificamente para negociar a fusão suspendeu o processo. A partir daí, o empresário entendeu que não estavam reunidas as condições para prosseguir com o projecto.

Isto, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), que iria financiar a operação, tinha já dito que retirava o apoio à iniciativa, alegando o desacordo entre as partes.

Segundo a proposta que Abilio Diniz apresentara a 28 de Junho, a fusão daria lugar a um gigante de distribuição com o objectivo de gerar atingir vendas no valor de 30 mil milhões de euros e gerar sinergias anuais entre 600 a 800 milhões de euros.

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