Economia norte-americana terá recuperação moderada este ano

Foto
Ben Bernanke a falar aos jornalistas na sede da Fed, em Washington Jason Reed/Reuters

A Reserva Federal norte-americana (Fed) reviu em baixa as previsões de crescimento dos Estados Unidos, mas terminará, em Junho, o programa de incentivos à economia. No curto prazo, a inflação deverá agravar-se de forma temporária.

Ao fim de dois dias de reunião do comité de política monetária, o banco central dos Estados Unidos reviu em baixa as perspectivas de crescimento da economia para este ano, que se deverá manter entre 3,1 por cento e 3,3 por cento, abaixo do intervalo de 3,4 a 3,9 por cento estimado em Janeiro pela Fed.

E apesar de perspectivar um aumento “temporário” da inflação acima das estimativas iniciais, num aumento estimado entre 2,1 e 2,8 por cento, a taxa de juro de referência vai manter-se, tal como previsto, em valores históricos, entre zero por cento e 0,25 por cento.

A confirmação foi dada pelo presidente da Fed, Ben Bernanke, que numa conferência de imprensa histórica – a primeira de um responsável da reserva em 97 anos sobre a política monetária dos Estados Unidos – não se cansou de dizer que o banco central vai acompanhar de perto a subida e tomará as medidas necessárias caso persista a alta dos preços.

Será uma manutenção dos juros a “níveis excepcionalmente baixos”, como classificara o comité da Fed, antes de Bernanke justificar a decisão da reserva com a expectativa de que a inflação não ficará “fora de controlo”. Mas se persistir, “teremos que responder”. Ben Bernanke promete, por isso, manter-se atento aos sinais no curto prazo e, mesmo com a subida temporária dos preços em 2011, acredita que vão acabar por estabilizar.

A maior preocupação da reserva neste momento, frisou, tem a ver com a criação do emprego, movimento que, disse, está na direcção certa. Para Bernanke, essencial é combater o desemprego de longa duração, por exemplo, respondendo com mecanismos para que os norte-americanos não percam o contacto com o mercado de trabalho no caso de estarem mais de seis meses sem trabalho.

Sugerir correcção
Comentar