PSD diz que PS esta a distorcer propostas

A deputada do PSD Teresa Morais acusou o porta-voz do PS de “distorcer” as propostas do líder social-democrata sobre as pensões, contrapondo que o actual estado das contas públicas é que ameaça a sustentabilidade da Segurança Social.

“Quando o dr. Fernando Medina [porta-voz do PS] diz que as propostas são perigosas porque põem em causa a sustentabilidade da Segurança Social o que nós respondemos é não há nada que contribua mais para pôr em perigo a sustentabilidade da Segurança Social do que ter as contas públicas no estado em que nós as temos, ter a taxa de desemprego que nós temos e ter os números do PIB tal como nós os temos”, afirmou Teresa Morais.

O porta-voz do PS tinha acusado horas antes o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de avançar com uma proposta “perigosa” e irresponsável” de “privatização parcial” da Segurança Social, advertindo que colocará em causa a sustentabilidade do sistema público.

Em conferência de imprensa na sede do PSD, Lisboa, Teresa Morais considerou que estas afirmações constituem “mais uma tentativa de distorção das propostas” dos sociais-democratas.

No Fórum da TSF, Pedro Passos Coelho admitiu a definição de um limite máximo das reformas pagas pelo Estado, afirmando que há muitas pessoas que “auferem reformas desproporcionadas aos descontos que fizeram”.

Em segundo lugar, Passos Coelho defendeu que deve existir no futuro um sistema em que o Estado “não pudesse assegurar a ninguém uma reforma superior a um determinado valor” e deu o exemplo de Espanha, onde esse limite é de 2500 euros.

"Significa isto o plafonamento, o que significa que as pessoas não fazem descontos para ter reformas superiores a esse valor. Julgo que, no futuro, vamos ter de encontrar uma solução parecida com esta", afirmou Pedro Passos Coelho.

Quanto à limitação das reformas, Teresa Morais afirmou que a proposta defendida hoje “foi uma questão de princípio, que é: não podendo o Estado garantir a todos tudo aquilo que as expectativas podem apontar, aquilo que o Estado tem de fazer é garantir as pensões dos mais vulneráveis”.

Questionada sobre se o PSD tenciona avançar com o plafonamento dos “contributos para a segurança social”, Teresa Morais disse que não está em condições de avançar o que o programa do PSD vai estabelecer, mas admitiu essa possibilidade.

“Agora, é o presidente do partido que diz que se deve ponderar uma solução destas no futuro, o que significa que seguramente pensa propor uma solução nos termos em que a enunciou hoje”, disse Teresa Morais.

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