Teresa Ter-Minassian: apoio temporário a Portugal é improvável

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A economista do FMI fala na necessidade de um apoio alargado da oposição Nuno Ferreira Santos (arquivo)

A economista que chefiou a missão do FMI que esteve em Portugal em 1983-84, Teresa Ter-Minassian, considera improvável que seja concedido um apoio financeiro temporário a Portugal, para que o próximo Governo pudesse negociar os termos do programa de apoio.

Questionada na rádio TSF sobre se o actual governo de gestão do PS poderia acordar um programa transitório, disse: “Não sei. Normalmente, o apoio do FMI e, imagino, também da União Europeia, tem uma duração mínima de um ano, algo assim. Então, eu acho difícil pensar num programa de transição. Mas não sei…”

Teresa Ter-Minassian, italiana a viver em Washington, onde o FMI tem sede, considera provável que as medidas de austeridade orçamental que se perspectivam levem a um aprofundamento da recessão no país, e diz que o FMI tem noção das repercussões sociais das medidas que leva os governos a adoptar: “Os técnicos e também a gerência do FMI, imagino também da União Europeia, vão estar muito conscientes das repercussões sociais das medidas de ajuste orçamental”, disse ainda, numa curta entrevista àquela rádio.
A economista, que é conselheira especial do director-geral da instituição (o francês Dominique Strauss-Khan) realçou também que será necessário um apoio alargado das oposições às medidas de austeridade que vão ser pedidas a troco da concessão de ajuda financeira da EU e do FMI, atendendo a que há eleições em breve e não se sabe quem ganhará.

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