Petróleo coloca bolsas mundiais em terreno negativo, Lisboa cai 0,18 por cento

Foto
As principais praças mundiais encerraram em terreno negativo Ralph Orlowsk/Reuters

O cenário é generalizado nas principais bolsas mundiais: os índices recuaram sob a pressão da subida do preço do petróleo, dizem os analistas. E Lisboa não foi excepção, fechando pela segunda sessão consecutiva no “vermelho”, ao cair 0,18 por cento, para os 7974 pontos.

O PSI 20 encerrou com 11 títulos a desvalorizar e oito a subir. O BES cresceu acima de dois por cento, ficando com as acções a valerem 3,244 euros cada, mas o resto do sector fechou em terreno negativo: o BCP caiu 0,79 por cento, para os 0,631 euros cada acção, e o BPI desceu 0,42 por cento, desvalorizando os títulos para 1,411 euros cada.

Da Europa aos Estados Unidos, mas também no Médio Oriente e na Ásia-Pacífico, a turbulência política no mundo árabe – e o temor de que a revolta popular se alastre a importantes produtores de petróleo, como o Irão e o Kuwait, avançam os analistas – colocou os mercados em terreno negativo.

Na Europa, a bolsa de Paris terminou a perder 0,81 por cento, para os 4.034,32 pontos, o Dax, de Frankfurt, desceu 0,58 por cento, para os 7.223,3 pontos, e o Footsie-100, de Londres, caiu 0,35 por cento, para os à 5.914,89 pontos.

Em Nova Iorque – onde o barril de petróleo superou os cem dólares – o índice industrial Dow Jones abriu a desvalorizar 0,12 por cento e o tecnológico Nasdaq 0,08 por cento, depois de já ontem terem encerrado no vermelho.

Nas praças asiáticas, a bolsa de Shanghai ainda conseguiu cair apenas 0,18 por cento, mas a desvalorização foi superior a dois por cento na bolsa de Tóquio, enquanto Hong Kong esteve perto de perder 1,5 por cento. E também no mercado de ouro desta cidade chinesa, o metal fechou perto do nível recorde de ontem, encerrando nos 1.429,30 dólares.

E no Golfe, a bolsa do Kuwait caiu 2,6 por cento, fechando ao nível mais baixo em seis anos, e, no Dubai, a queda de 3,5 por cento, escreve a agência AFP.

"O medo associado à instabilidade no mundo árabe" está a afectar os mercados, resumiu François Duhen, analista do Crédit Mutuel CIC.

Sugerir correcção
Comentar