Pacote europeu de ajuda económica à Tunísia poderá ir além de 240 milhões de euros

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manifestação em Tunes contra o governo de transição Miguel Manso

Um alto responsável europeu admitiu hoje à agência AFP que a União tem em cima da mesa um reforço do plano global de ajuda a curto prazo a Tunes, com quem Bruxelas iniciou, em Maio, negociações para assinar em 2012 um “acordo avançado” para intensificar o diálogo político e as relações comerciais.

De 2007 para cá, os Vinte e Sete acordaram um pacote de ajudas económicas à Tunísia durante três anos e, em Março do ano passado, renovaram esse plano para o período 2011-2013, mas por menos 60 milhões de euros em relação ao primeiro triénio, no valor de 300 milhões.

Desde a revolução popular que fez cair o Presidente Zine El Abidine Ben Ali há menos de duas semanas, Bruxelas ofereceu ajuda a longo prazo ao país e agora confirma estar a estudar o reforço das ajudas a prazo – para promover o emprego, as reformas económicas, a competitividade empresarial e a modernização judicial –, embora sem dizer se o reforço pode chegar aos 300 milhões da remessa anterior.

Antes de tomar uma decisão, explicou o mesmo responsável, a União espera que o Governo tunisino de transição (liderado por Mohammed Ghannouchi, primeiro-ministro no cargo antes da queda de Ben Ali), estabilize e que a pressão popular acalme nas ruas. O problema é “saber se o [actual] Governo está para durar”, notou à mesma agência.

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