Dez meses depois de Portugal se ter candidatado ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), só hoje o Parlamento Europeu deu luz verde ao processo que permitirá enviar para Portugal 2,4 milhões de euros para ajudar os desempregados da Qimonda a voltar ao mercado de trabalho.

O pacote destinado aos mais de 800 ex-trabalhadores da empresa de Vila do Conde foi aprovado em plenário por 580 votos a favor, 60 contra e 9 abstenções.

Entre as medidas que serão financiadas figuram o reconhecimento de competências, formação profissional, formação e apoios com vista à criação de empresas, ajudas à auto-colocação e incentivos ao recrutamento e prática profissional adquirida no local de trabalho.

O custo total estimado deste pacote ascende aos 3,7 milhões de euros, dos quais 2,4 milhões ( 65 por cento) foram solicitados ao FEG. Depois da Comissão Europeia, que votou favoravelmente o pacote em início de Setembro, e do Parlamento falta ainda a luz verde do Conselho Europeu para que o dinheiro chegue a Portugal

Ainda assim, há já alguns desempregados da empresa - perto de 231 - que estão a ser apoiados pelos centros de emprego do Norte, que adiantaram as verbas para os programas desenhados em exclusivo para responder ao pessoal da Qimonda.

A empresa reduziu o seu quadro de pessoal no final do ano passado na sequência da crise económica e financeira.

Em Portugal, o FEG apoiou 100 desempregados do sector automóvel e 1500 do têxtil.