Líder do Pegida condenado a pagar mais de nove mil euros por incitar ao ódio

O fundador do grupo de extrema-direita alemão foi condenado a pagar uma multa de 9.600 euros por uma publicação ofensiva no Facebook.

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O grupo extremista alemão quer multiplicar o número de apoiantes. ROBERT MICHAEL/AFP

O co-fundador do movimento anti-islão alemão Pegida foi condenado esta terça-feira a pagar mais de 9 mil euros de multa pelo seu discurso xenófobo, ao comparar refugiados a “gado” e “escumalha”. Lutz Bachmann, o líder do movimento alemão de extrema-direita Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente (Pegida) já tinha sido condenado por roubo, violência e tráfico de cocaína. A condenação chega do tribunal de Dresden, cidade no Leste da Alemanha onde o grupo de extrema-direita nasceu e tem maior incidência.

Lutz Bachmann foi condenado por incitar ao ódio, na sua página pessoal de Facebook, acusação negada pelo seu advogado. As publicações em causa remontam a Setembro de 2014, altura em que o grupo Pegida foi criado.

Já em Janeiro de 2015, Bachmann publicou um vídeo onde afirmava que usou "palavras que todos já utilizaram pelo menos uma vez na vida". Para o juiz encarregado do caso, este vídeo foi "uma admissão clara de culpa". O magistrado considerou ainda que, pelo seu teor ofensivo, o conteúdo da publicação em causa não estava protegido pelo direito à liberdade de expressão.

Lutz Bachmann abandonou a direcção do grupo extremista, mantendo-se como membro, depois de uma fotografia sua mascarado de Hitler se ter tornado viral.

O grupo alemão tem tentando alargar a sua influência e presença por toda a Europa, utilizando como combustível a actual crise de refugiados. No entanto, a dimensão do grupo anti-islão e anti-imigração não voltou a atingir os picos de mobilização conquistados no passado, escreve a agência francesa AFP. Um exemplo disso foram as manifestações recentemente convocadas, que registaram números abaixo das expectativas.

 

 

 

 

 

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