EUA lançam ultimato à ONU para que enfrente a Coreia do Norte

Secretário de Estado norte-americano diz que todas as hipóteses estão em cima da mesa e alerta que a inacção do Conselho de Segurança pode ter "consequências catastróficas".

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Rex Tillerson Lucas Jackson/Reuters

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, foi esta sexta-feira à sede das Nações Unidas dizer que a possibilidade de um ataque da Coreia do Norte contra o Japão e a Coreia do Sul é “real” e pediu ao Conselho de Segurança que faça alguma coisa “antes da Coreia do Norte”.

Numa declaração perante os restantes membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o representante da política externa dos Estados Unidos apelou à implementação total das sanções que foram impostas à Coreia do Norte e pediu à comunidade internacional que “suspenda ou diminua” as relações diplomáticas com Pyongyang.

“A cada detonação e lançamento de mísseis bem-sucedidos, a Coreia do Norte empurra o Nordeste asiático e o mundo para mais perto da instabilidade e de um conflito mais alargado”, disse Rex Tillerson aos 15 membros do Conselho de Segurança (cinco permanentes e dez rotativos). “A ameaça de um ataque da Coreia do Norte contra Seul ou Tóquio é real”, afirmou o responsável norte-americano.

O secretário de Estado da Administração Trump disse ainda que não vai negociar para voltar à mesa de negociações com a Coreia do Norte, e afirmou que os Estados Unidos esperam um “compromisso de boa-fé” de Pyongyang no sentido do cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança.

“Há anos que a Coreia do Norte dita os termos das suas acções perigosas, e chegou o tempo de reassumirmos o controlo da situação”, afirmou Tillerson, que deixou bem clara a possibilidade de outro tipo de pressões – quaisquer medidas financeiras e diplomáticas serão “apoiadas pelo determinação em contra-atacar uma agressão com força militar, se for necessário”.

“Todas as opções de resposta a uma futura provocação da Coreia do Norte permanecem em cima da mesa”, afirmou o secretário de Estado norte-americano. “Não agir agora em relação ao problema de segurança mais urgente em todo o mundo pode ter consequências catastróficas”, concluiu.

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