A estupidez resulta

Donald Trump é um estúpido seguido por estúpidos. Esta é a verdade.

O meu pai dizia que é melhor ouvir do que falar e perguntar do que responder. Para quem gosta de aprender é verdade.

Há culturas em que as pessoas mais poderosas são as que dizem menos. Quem falava era porque queria coisas. Quem não precisava de falar (e, no fundo, de ouvir) era quem já tinha tudo o que queria.

Em Portugal – o que significa sempre, sem falha, “e, provavelmente, em todo o grande mundo que eu não conheço nem posso conhecer” – toda a gente aprende a famosa lição da cautela, dirigida especialmente às pessoas que tiveram o azar de nascerem estúpidas, segundo a qual é melhor ficar calado e passar por sábio do que abrir a boca e mostrar ao mundo inteiro que não se percebe nada do que se está a passar.

Esta precaução aconselha a não julgar as pessoas inteligentes ou estúpidas até terem falado acerca de um assunto em que não seja possível disfarçar a capacidade para o discernimento.

Os estúpidos não podem ser melhores nem piores pessoas do que os inteligentes. Os estúpidos também são igualmente perigosos: porque acreditam facilmente, tal como os inteligentes facilmente fazem acreditar em estupidezes.

Donald Trump é um estúpido seguido por estúpidos. Esta é a verdade. As questões da ignorância, do populismo e da falta de educação não são só secundárias: são distracções.

Ninguém quer dizer o que é óbvio: que são estúpidos os americanos que votam no estúpido Donald Trump. E que infelizmente os EUA têm tantos estúpidos como nós.

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