PS quer ouvir Crato por causa de maus resultados nas provas

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Não houve discussão sobre subvenções dos políticos. Foto: Pedro Cunha

O PS chamou ao Parlamento o ministro da Educação, Nuno Crato, por considerar preocupantes os resultados das provas de aferição, do 4.º ano, mas também para esclarecer várias matérias relacionadas com o início do ano lectivo.

“Há um conjunto de matérias que está por esclarecer”, disse a deputada socialista Odete João, referindo-se à revisão da estrutura curricular e às novas regras da gestão escolar, nomeadamente as horas de que as direcções dispõem para aplicar em projectos próprios.

O requerimento do PS, entregue na quinta-feira ao fim do dia na comissão de Educação, visa também a forma como está a decorrer a reestruturação da rede de escolas: “Foram constituídos 152 agrupamentos, ainda não foram criadas as comissões administrativas provisórias e existe um conjunto de questões que as escolas têm de ver esclarecidas para arrancarem o ano lectivo”, defendeu a deputada.

O PS pretende também abordar o aumento do número máximo de alunos por turma (fixado em 30 do 5.º ao 12.ºano) e a forma como poderão ser constituídas as turmas. Em causa estão as alterações legislativas produzidas este ano para entrarem em vigor no próximo ano lectivo.

O PS considera ainda “verdadeiramente preocupantes” os resultados das provas de aferição do 1.º ciclo, conhecidos na terça-feira. “As negativas no exame de Matemática mais do que duplicaram e um em cada cinco alunos também teve insuficiente a Língua Portuguesa” lê-se no texto que os socialistas entregaram na Assembleia da República para requerer a audição do ministro.

Os socialistas consideram a situação ainda mais preocupante, tendo em conta que foi o último ano que estas provas não contaram para a nota final dos alunos.

No próximo ano lectivo deverão já contar 25%, passando depois a 30%, como nas restantes provas e exames praticados nos outros ciclos de ensino.

As associações de professores de Matemática e Português afirmaram que já esperavam a descida de médias das provas de aferição do ensino básico, atribuindo-a às características das provas.

O ministro, em Luanda, que a resposta para enfrentar os resultados alcançados nas provas de aferição de Matemática assenta na estruturação dos programas.

Já o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais, Albino Almeida, lamentou a descida das notas médias, considerando que são uma “traição” aos alunos, que não estarão a ser avaliados pelo que aprendem.

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