Rui Horta e Costa renuncia ao cargo de administrador não executivo dos CTT

Renúncia ao cargo, e ao próximo mandato, surge no dia em que foi noticiado que Horta e Costa é arguido na Operação Marquês.

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Bruno Lisita

Os CTT anunciaram esta quarta-feira que Rui Miguel Horta e Costa comunicou a sua renúncia ao cargo de administrador não executivo, assim como a sua indisponibilidade para o exercício de idênticas funções no mandato 2017-2019.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Francisco Lacerda explica que a renúncia ao cargo foi feita “por motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem [terça-feira] efectuada das Recomendações da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração dos CTT”.

A renúncia surge num dia em que o jornal Correio da Manhã traz em manchete que Horta e Costa é o 21.º arguido da Operação Marquês, indiciado pelos crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Segundo o diário do grupo Cofina, Rui Horta e Costa é suspeito de ter promovido um pagamento ilícito de dois milhões de euros a Armando Vara e Carlos Santos Silva por via de uma quantia não declarada no negócio de venda de um terreno em Vale do Lobo.

“Atento o referido e no exercício das suas competências, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações diligenciará a necessária alteração às respectivas Recomendações quanto à composição dos órgãos sociais dos CTT para o mandato 2017-2019, mantendo os accionistas da sociedade e o mercado prontamente informados”, acrescenta o comunicado dos CTT.

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