Governo viabiliza unidade de manutenção de aviões em Beja

Decisão oficializada em Conselho de Ministros já fui saudada pela câmara local.

Foto
Desafectação vai vigorar durante 15 anos, o período de duração do contrato com a Aeroneo António Carrapato

A Câmara de Beja saudou esta quinta-feira a resolução aprovada pelo Governo para viabilizar a construção de uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões no aeroporto da cidade, num investimento de 35 milhões de euros.

Trata-se da "primeira grande empresa" a instalar-se na infra-estrutura, afirma o município, num comunicado enviado à agência Lusa, frisando que a resolução "tem o mérito de trazer, de novo, aos alentejanos a capacidade de acreditar e, desta forma, desbloquear a vinda para Beja e para a região de mais empresas e actividades relacionadas com o aeroporto de Beja". "Após uma intensa actividade por parte do município, que encetou várias diligências junto de responsáveis, solicitando intervenção e exigindo decisões, com o envolvimento directo com a Aeroneo e o Governo, é com satisfação que vemos dar frutos os esforços que em conjunto fizemos pensando na região, no desenvolvimento económico e na criação de emprego", refere o município, liderado pela CDU.

O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que desafecta do domínio público militar um terreno da Base Aérea n.º 11 para construção da unidade na área do aeroporto de Beja e reconhece o interesse público do projecto da empresa portuguesa Aeroneo, que deverá implicar um investimento de 35 milhões de euros. Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a decisão cria as condições para a concretização de um investimento que deverá criar "cerca de 40 postos de trabalho directos já em 2017".

Segundo a Câmara de Beja, trata-se de "um passo muito importante, se a ele for associado o início do desbloqueamento e de decisões erradas tomadas pelos sucessivos Governos ao longo de anos". Fonte governamental disse hoje à Lusa que a desafectação vai vigorar durante 15 anos, o período de duração do contrato com a Aeroneo, e o reconhecimento do interesse público do projecto permitirá arrendar o terreno à empresa.

Em 2015, a AeroNeo anunciou que pretende construir uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões e valorização de activos aeronáuticos no aeroporto de Beja, que poderá criar até cerca de 100 postos de trabalho.

Em Julho daquele ano, a empresa ANA - Aeroportos de Portugal, a concessionária do aeroporto, e a Aeroneo assinaram uma licença de ocupação para construção e exploração da unidade na infra-estrutura aeronáutica alentejana. Em informações prestadas hoje à Lusa, a ANA refere que "todos os licenciamentos relativos ao projecto de construção" da unidade estão "concluídos" e "apenas aguarda a notificação" da Aeroneo para o início dos trabalhos, mostrando-se "confiante" de que "tal irá ocorrer a breve prazo".

Sugerir correcção
Comentar