Este ano vão aparecer mais 41 hotéis em Portugal

Até ao final de 2018, a previsão é que o país tenha mais 83 novas unidades hoteleiras, segundo a associação hoteleira AHP

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Até 2018, vão abrir 83 novas unidades hoteleiras no país, 41 das quais ainda este ano, informou a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) esta terça-feira, 23 de Maio.

No próximo ano, a perspectiva de abertura, em todo o país, é de 42 novas estruturas hoteleiras, afirmou a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, citada pela Lusa. Em declarações aos jornalistas, a responsável comentou que a associação tem recebido contactos de interessados em abrir hotéis com 300 quartos, numa referência ao crescente interesse de investidores.

Num encontro com a imprensa, os responsáveis da associação de hoteleiros informaram sobre os novos aumentos nos indicadores em Março, o que abre uma "perspectiva muito positiva para Abril", que em 2017 incluiu o fim de semana da Páscoa, um período tradicionalmente forte em termos turísticos. Em 2016, o fim de semana prolongado da Páscoa ocorreu em Março. 

No terceiro mês do ano, a taxa de ocupação aumentou 1,9 pontos percentuais, enquanto o preço médio subiu 5%, com especial destaque para a Costa Azul, que "parte de valores baixos".

O Minho liderou a subida do RevPar (receita por quarto disponível) e a Madeira o ranking de maior ocupação, enquanto Lisboa teve o melhor preço e performance do Revpar.

No ranking de nacionalidades de dormidas a liderança pertence ao Reino Unido, seguindo-se a Alemanha e a Espanha, com o Brasil a registar uma subida de 60% (na comparação homóloga) e dos Estados Unidos de 28,7%.

Por outro lado, os hoteleiros estimaram que a oferta em Lisboa seja superior à procura nos próximos anos, caso se confirmem as previsões de que a capacidade do aeroporto da capital se esgote em 2018.

"A capacidade do aeroporto de Lisboa vai esgotar-se e até 2022 a oferta de Lisboa crescerá e não vamos ter mais turistas, se se mantiverem as coisas tal como estão, o que é preocupante" por poder afectar taxas de ocupação e os preços, alertou o presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins.

Em declarações aos jornalistas, o responsável justificou a situação com a "decisão tardia do aeroporto [complementar de Lisboa, que deverá localizar-se no Montijo] e a complexidade" do processo.

Para garantir que os turistas acompanhem a oferta, a AHP estimou que as companhias aéreas aumentem a frequência do uso de aeronaves com maior capacidade e sugeriu que a TAP "repense o Porto como um 'hub' para voos intercontinentais e para a Europa", em vez de concentrar as operações em Lisboa.

Os hoteleiros também insistiram na análise para aumentar o número de voos no período nocturno.

Numa reunião com a ANA-Aeroportos de Portugal, os hoteleiros receberam a informação de que um plano de contingência poderá avançar no final do mês para alterar situações no ar e em terra, nomeadamente para fazer face a rejeição de voos diários, por falta de capacidade.

Em terra, a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira notou a necessidade de reforço dos meios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, uma vez que se tem registado elevados movimentos durante a hora de almoço.

A mesma responsável lembrou que se o novo terminal de cruzeiros, que poderá ser inaugurado este verão, somar partidas e chegadas "aumentará ainda mais a carga sobre o aeroporto" Humberto Delgado, que este ano deverá chegar aos 26 milhões de passageiros.

Em 2016 foram registadas 53 milhões de dormidas no país e 19 milhões de turistas, segundo dados do INE, recordados pelos hoteleiros.

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