Dona do Minipreço factura 193,6 milhões no primeiro trimestre em Portugal

Grupo espanhol Dia obteve crescimento ligeiro em território nacional. Em Espanha, facturação recuou 2,1%

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NFACTOS/Fernando Veludo

O grupo espanhol Dia – Distribuidora Internacional de Alimentación SA, dona da cadeia portuguesa de retalho alimentar Minipreço e da rede Clarel, registou vendas brutas (incluindo lojas próprias e franchisados) de 193,6 milhões de euros entre Janeiro e Março de 2017. O valor, que inclui todos os impostos indirectos, representa uma subida de 0,3% face ao homólogo, e é equivalente a 7,7% do total facturado, em termos brutos, pelo grupo Dia no período em análise.

De acordo com o comunicado emitido ao mercado pela empresa, cotada na praça de Madrid, “em Portugal, as vendas brutas sob a insígnia melhoraram 0,3%, uma evolução mais positiva do que em Espanha, onde [as vendas brutas] caíram 2,1%, graças a uma maior contribuição da superfície comercial (negativa em Espanha e ligeiramente positiva em Portugal).

O grupo adianta que “manteve o processo de fecho de lojas com baixa rentabilidade em Espanha, uma diminuição de 47 lojas operadas sob o formato Dia durante o primeiro trimestre do ano na Iberia [Espanha e Portugal]”. Aguarda ainda que “a contribuição da nova área comercial” volta a ser “positiva na segunda metade de 2017”.

Segundo o “site” do grupo Dia – que entrou em Portugal em 1993, mas cuja expansão no território nacional foi acelerada pela compra, em 1998, do Minipreço -, existem 623 lojas (próprias e mais de 250 franchisadas) do grupo no país. A cadeia é igualmente dona da rede não alimentar Clarel, após compra da Schlecker em 2013.

No total, o grupo Dia registou no primeiro trimestre de 2017 vendas brutas de 2,5 mil milhões de euros, em Espanha, Portugal, Brasil, Argentina e China. A antiga divisão “discount” do grupo francês Carrefour, que se autonomizou e cotou na bolsa de Madrid em 2011, melhorou assim as vendas brutas em 6,8% face ao primeiro trimestre de 2016.

Em termos líquidos, o grupo Dia consolidou vendas de 2,09 mil milhões de euros no trimestre, mais 6,2%, nas 7.398 lojas que detém em todo o mundo. O resultado líquido ajustado, após interesses minoritários, foi de 39 milhões, recuando 5,9% face ao primeiro trimestre de 2016.

O EBITDA (sigla inglesa para resultados antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado de efeitos extraordinários, foi de 123 milhões de euros, melhor em 4,2% do que 12 meses antes. 

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