CGTP afirma que semana de luta não põe em causa o Governo

Iniciativas da CGTP começam na segunda-feira e terminam na sexta-feira com uma manifestação da função pública em Lisboa.

Iniciativas foram anunciadas por Arménio Carlos na manifestação do 1.º de Maio.
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Iniciativas foram anunciadas por Arménio Carlos na manifestação do 1.º de Maio. Miguel Manso
Semana de luta foi anunciada por Arménio Carlos no 1.º de Maio
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Semana de luta foi anunciada por Arménio Carlos no 1.º de Maio Miguel Manso

O secretário-geral da CGTP afirmou nesta sexta-feira que a semana de luta nacional, que começa na segunda-feira, não pretende pôr em causa o Governo, mas dar força aos compromissos assumidos pelo executivo, nomeadamente, a reposição das 35 horas no Estado.

Arménio Carlos, que falava num conferência de imprensa em Lisboa para anunciar o roteiro da semana de luta promovida pela CGTP, que será marcada por centenas de plenários, quer no sector público, quer no privado, concentrações e uma manifestação nacional da função pública na próxima sexta-feira, em Lisboa, assegurou que "o objectivo não é pôr em causa o Governo".

"Consideramos que esta manifestação, tal como outras iniciativas, não têm como finalidade pôr em causa o Governo, pelo contrário. O grande objectivo é dar força à concretização de um compromisso que foi assumido que é o da reposição das 35 horas que, neste momento, está a ser questionado, quer internamente, pelas forças mais retrógradas, quer externamente, pela Comissão Europeia e outras entidades", disse o líder da central sindical.

O sindicalista considerou que "a resposta que os trabalhadores da função pública vão dar na próxima sexta-feira é a resposta adequada de que os compromissos são para cumprir e que estão disponíveis para fazer tudo, com todos aqueles que estão sintonizados com a concretização da reposição das 35 horas, para obstaculizar às pressões externas ou internas que se venham a verificar para impedir que aquilo que é um dos direitos dos trabalhadores venha a ser concretizado".

Esta semana de luta a nível nacional, anunciada pelo líder da Intersindical no Dia do Trabalhador e com o lema "Defender, Repor, Conquistar Direitos", destina-se a reivindicar o aumento de salários, o emprego com direitos, a dinamização da contratação colectiva, uma das prioridades da CGTP na concertação social, e as 35 horas de trabalho semanal para os trabalhadores dos sectores público e privado.

As 35 horas na função pública deverão entrar em vigor a 1 de Julho, conforme prometeu o Governo de António Costa. Já no sector privado, o executivo não se compromete com qualquer alteração à lei e deverão mantar-se as 40 horas semanais. No entanto, a CGTP vai continuar a reivindicar as 35 horas no sector privado, apesar da discordância das confederações patronais.

 

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