Banco de Portugal mantém previsão de crescimento em 1,8 por cento

Vítor Constâncio disse hoje aos deputados que ainda é cedo para alterar as previsões do Banco de Portugal para este ano
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Vítor Constâncio disse hoje aos deputados que ainda é cedo para alterar as previsões do Banco de Portugal para este ano Luís Ramos/PÚBLICO (arquivo)
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"Não há razão, por enquanto, para revermos" este objectivo de crescimento, afirmou Vítor Constâncio, em declarações aos jornalistas no final na audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças.

O governador reconheceu que o défice público em 2006 caiu mais do que o esperado, afirmando que a queda foi "significativa".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou em Março que o défice público português baixou de seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 para 3,9 por cento em 2006, cerca de 0,7 pontos percentuais inferior à meta estabelecida pelo Governo — que era de 4,6 por cento.

Apesar da melhoria dos números do défice público, o banco central assume que este não é o momento ainda para rever os seus números.

Quando uma economia cresce mais do que o esperado, o défice público — que é medido em função da riqueza gerada na economia — melhora também. Por outro lado, quando uma economia cresce a um ritmo mais elevado, pode gerar mais receitas fiscais, beneficiando, por essa via, a contenção do défice público, tal como aconteceu no ano passado.