Rapper Prodigy morre aos 42 anos

Músico do duo Mobb Deep sofria de uma doença do sangue, mas a causa da sua morte ainda não foi apurada.

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Albert Johnson alias Prodigy dos Mobb Deep LUSA/GIAN EHRENZELLER
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Prodigy LUSA/GIAN EHRENZELLER

O rapper Prodigy, do duo nova-iorquino Mobb Deep, morreu esta terça-feira, aos 42 anos, em Los Angeles, onde participava com outros músicos na digressão colectiva Art of Rap. Prodigy, cujo nome de baptismo era Albert Johnson, sofria desde criança de anemia drepanocítica, uma doença hematológica hereditária que ainda há poucos dias o forçara a um internamento hospitalar em Las Vegas, mas a causa da sua morte não foi ainda oficialmente determinada.

“É com extrema tristeza que confirmamos a morte do nosso querido amigo Albert Johnson, mais conhecido de milhões de fãs como Prodigy, do lendário duo nova-iorquino Mobb Deep”, diz um comunicado enviado à imprensa pelo agente do músico.

Nascido em 1974 em Nova Iorque, Prodigy criou com o rapper Havoc o duo Mobb Deep, cuja discografia, iniciada em 1993 com Juvenile Hell, inclui hoje nove álbuns, se incluirmos o recente The Infamous Mobb Deep, lançado em 2014, versão alargada do disco que consagrara a banda em 1995, The Infamous, que vendeu mais de meio milhão de exemplares.

Mantendo sempre a sua colaboração com Havoc, com quem ainda antes de formar os Mobb Deep já tivera uma banda chamada Poetical Prophets, Prodigy gravou também com outros artistas e iniciou no ano 2000, com o bem-sucedido álbum H.N.I.C., uma carreira paralela a solo.

Nos últimos anos tinha lançado os discos Albert Einstein (2013) e Young Rollin Stonerz (2014), o primeiro com o DJ Alchemist e o segundo com o rapper Boogz Boogetz. E anunciara já uma nova trilogia a solo, The Hegelian Dialectic, cuja primeira parte, Hegelian Dialectic, Part One: The Book of Revelation, foi lançada em Janeiro passado.

Prodigy nasceu numa família de músicos: o seu avô, Budd Johnson, foi um dotado saxofonista e clarinetista que trabalhou com grandes nomes do jazz, como Coleman Hawkins, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Count Basie ou Earl Hines, um irmão deste, Keg Johnson, foi um não menos talentoso trombonista que trabalhou com Louis Armstrong e tocou com Cab Calloway no mítico Cotton Club, e a sua mãe, Fatima Johnson, integrou um dos mais populares grupos vocais femininos dos anos 60, The Crystals, responsável por canções de sucesso como He’s a Rebel (1962) ou Da Doo Ron Ron (1963).

 

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