Vacinação infantil em debate no Pavilhão do Conhecimento

Conversa com vários oradores esta quinta-feira ao final da tarde.

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VALERY HACHE/AFP

A vacinação infantil e as questões de bioética à volta deste assunto, numa altura em que há quem se recuse a tomar vacinas, é o tema das Conversas Ciência Conhecimento desta quinta-feira, às 19h30, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

Esta conversa tem como oradores Filipe Almeida (da Universidade do Porto e do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida), Graça Freitas (da Direcção-Geral da Saúde) e Virgínia Calado (da Universidade do Minho). Também pode ser acompanhada via streaming.

A transmissão de muitas doenças graves pode ser bastante limitada se parte considerável da população estiver vacinada, uma protecção que beneficia até os poucos indivíduos que não foram vacinados ou aqueles para quem a vacinação não resulta. Cria-se assim a chamada “imunidade de grupo”, como sublinha um comunicado de imprensa do Pavilhão do Conhecimento. Os planos públicos de vacinação – como o Programa Nacional de Vacinação português, que tem 50 anos – baseiam-se neste princípio.

Portugal não aderiu à moda antivacinação, mas as autoridades estão atentas

É preciso também avaliar os custos, os benefícios e os riscos. O pano de fundo desta conversa sobre a eficácia, a segurança e a ética da vacinação (que faz parte de um ciclo de conversas organizadas em colaboração com o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida na útima quinta-feira de cada mês) é o seguinte: e quando alguém que beneficia do princípio da imunidade de grupo não se quer vacinar, que consequências pode ter isso para a restante comunidade? Que razões culturais, religiosas ou filosóficas estão por trás desta recusa? Deverá esta situação ser encarada com um direito individual? E em que condições pode ser exercido?

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