NASA anuncia lançamento de robô gémeo do Curiosity em 2020

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Uma fotografia de Marte tirada pelo robô Curiosity NASA

"Temos toda uma nova missão para Marte e estou mesmo entusiasmado”, disse nesta quarta-feira John Grunsfeld, chefe de ciência da agência espacial norte-americana NASA, citado num artigo pela revista Nature.

Ainda não se sabe que equipamento científico é que este novo rover vai levar, nem onde vai aterrar na superfície marciana. Mas a estrutura será igual à do Curiosity, que pousou controladamente em Marte a 6 de Agosto e, desde esse dia, caminha no planeta vermelho à procura de vestígios da existência de vida passada.

O novo robô vai aproveitar peças sobressalentes do Curiosity. Dessa forma, a NASA estima gastar menos 1000 milhões de dólares. Em vez de 2500 milhões de dólares (1930 milhões de euros), o aparelho irá assim custar 1500 milhões de dólares (1150 milhões de euros).

A NASA apresentará um plano mais específico no Verão de 2013. A agência tinha pensado lançar um aparelho para Marte em 2018, mas o anúncio de agora mostra um adiamento do projecto. “Podíamos ter pensado nalguma coisa para 2018, mas com o orçamento que temos não seria teria um programa científico tão bom”, disse Grunsfeld, citado pelo jornal britânico Guardian.

Em 2012, os cortes no orçamento da NASA levaram a alterações do plano das missões espaciais. A agência desistiu da sua participação na missão ExoMars, da Agência Europeia Espacial (ESA). O ExoMars, que vai procurar vida em Marte, será lançado entre 2016 e 2018. A ESA, entretanto, associou-se à Agência Espacial Russa para completar esta missão.

Um ano na Estação Espacial Internacional
As tão faladas missões humanas a Marte já estão a originar experiências nas redondezas da Terra. Um astronauta norte-americano e um cosmonauta russo vão passar um ano inteiro na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês). Vão testar-se os efeitos no corpo humano da estadia prolongada no espaço. Só a viagem de ida até Marte demoraia mais de meio ano. 

Segundo o Guardian, o norte-americano Scott Kelly, de 48 anos, e o russo Mikhail Kornienko, de 52 anos, vão iniciar a experiência em 2015 e terminá-la em 2016. A estadia, no entanto, não baterá nenhum recorde. Esse continua a ser detido pelo cosmonauta russo Valeri Polyakov, que chegou à defunta estação espacial russa Mir em Janeiro de 1994 e permaneceu no espaço durante 437 dias.

 
 
 
 

 

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