Mercúrio por ingestão de peixes aumenta risco de doenças cardio-vasculares

Uma forte concentração de mercúrio no organismo, provocada pelo consumo de peixe, aumenta os riscos de doenças cardio-vasculares, segundo um estudo finlandês apresentado hoje durante um congresso de cardiologia no Havai.

Os finlandeses, cuja maior concentração de mercúrio foi detectada nos cabelos - provocada pelo consumo de, pelo menos, 30 gramas de peixe por dia - mostraram uma tendência para a aterosclerose superior em 32 por cento ao resto da população, disse Jukka Salonen, do Instituto de Investigação para a Saúde Pública da Universidade de Kuopio, Finlândia.

"Se o consumo de peixe pode ser bom para a saúde em geral, certos peixes podem conter mercúrio em quantidades nocivas para os seres humanos", explicou Salonen.

O estudo foi realizado em 2005 homens de 42 a 60 anos, seguidos durante doze anos e que não apresentavam nenhum sinal de doença cardio-vascular. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos, em função da quantidade de mercúrio encontrado nos seus cabelos, informou a AFP.

Até ao momento, o maior desastre ambiental, envolvendo mercúrio, ocorreu na década de 50 com uma descarga de lixos na Baía de Minamata, no Japão. O incidente provocou a morte a 46 pessoas e outras 68 ficaram irremediavelmente incapacitadas por terem consumido peixe envenenado.

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