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Investigador do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE (CEI-IUL)
O Capitólio abriu espaço para a réplica. O que se pode e deve temer agora é a replicação pelo Ocidente, nas próximas eleições em vários países, onde populismos autoritários se afirmam a voz do povo.
Num país que ainda lida com a sua memória histórica colonial, retirar a ‘raça’ do articulado constitucional parece meio caminho para voltarmos ao ponto de que o racismo não existe.
A disputa da segunda volta a ser centrada na rejeição alheia. Enquanto as pesquisas indicam uma tendência para vitória de Lula da Silva, a prudência e o passado recomendam cautela e a capacidade de compreender que as sondagens não dão conta do voto envergonhado.
Somos confrontados com a mais séria hipótese de uma guerra civil no país, pois não está em causa um debate entre uma economia de mercado ou uma economia mais protecionista, mas sobre modelos antagónicos de sociedade.
Precisamos de ter cuidado com ímpetos censórios e ilegalizadores, com vocação para o puritanismo, sob pena de acordarmos numa sociedade hipermoralista unidimensional
Se os cidadãos, i.e., o povo enquanto titular do poder, não possui mecanismos de participação real nas decisões a não ser pelos institutos do referendo e plesbicito, como se sente representado?
O problema das populações migrantes e do sucesso escolar não é da existência de uma política de segregação. O problema é, verdadeiramente, por um lado, a trama social desfavorável a tais populações, e por outro a insuficiência das escolas em tratar o insucesso antes deste se manifestar.