Loja das Meias reabre em Cascais com mais “criadores do futuro”

Com mais de 120 anos, a marca portuguesa nasceu em Lisboa e continua apostada em marcas de luxo.

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O edifício no centro de Cascais alberga a Loja das Meias desde 1995 DR
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Os acessórios marcam presença no 1.º piso DR
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Destaque para os tapetes artesanais de fibra natural de coco no 2.º piso DR
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O 3.º piso é dedicado à moda masculina DR
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Nasceu no Rossio, em Lisboa, em 1905, onde acabou por fechar as suas portas pouco depois de fazer 102 anos. Abriu no Centro Comercial das Amoreiras, depois em Cascais e chegou ao Porto há dois anos. Nesta quarta-feira, a loja de roupa e acessórios de marcas de luxo internacionais reabre as suas portas em Cascais, onde esteve encerrada nos últimos dois meses para obras de remodelação. Estas foram feitas em "tempo recorde", congratula-se a directora de marketing Manuela Saldanha ao PÚBLICO, que destaca novas marcas de "criadores do futuro".

A Loja das Meias — que é "uma história de família", conforme define a responsável, uma vez que se mantém uma empresa familiar desde que foi fundada por Pedro Costa no início do século XX — começou por vender espartilhos e meias, mas foi alargando o seu negócio e apostando em marcas internacionais, tendo sido pioneira na venda de roupa e acessórios de luxo em Portugal.

Com a intervenção do ateliê italiano de arquitectura Cardinali & Gazzabin, a loja de Cascais vê todo o seu interior renovado. "Só ficaram as paredes exteriores da casa", diz Manuela Saldanha, bisneta do fundador da Loja das Meias. Os tectos e chãos foram substituídos, o sistema eléctrico renovado, e as montras rasgadas de modo a deixarem entrar mais luz exterior, enumera. Foi colocada uma instalação de latão em tons dourados junto às escadas centrais que unificam todo o edifício, do primeiro ao último piso. Nesta estão expostos acessórios.

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Uma instalação dourada unifica todo o edifício DR

As paredes foram forradas com materiais feitos por artesãos italianos e o chão de microcimento é pontuado por alcatifa numa parte mais privada da loja, no 1.º andar, ou com tapetes de fibra de coco. Há ainda cadeiras que foram desenhadas especialmente para esta loja, salienta Manuela Saldanha. A loja de Cascais, inaugurada em 1995, situada no centro da vila, num edifício único, já não tinha obras há vários anos. "Numa loja com produtos de luxo é fundamental termos o espaço adaptado à nossa oferta", justifica a directora, não revelando o custo desta remodelação. "Foram investidos vários milhares de euros com a certeza que será uma aposta ganha", responde.

O portefólio da loja é "cada vez mais seleccionado", há marcas que a Loja das Meias não comercializava, como a Loewe, e há outras, sobretudo para homem, como a JW Anderson, Jaquemus e Ami Paris, "que têm tido uma procura crescente" porque estes são "alguns dos criadores do futuro", justifica Manuela Saldanha, lembrando que outras assinaturas mais clássicas como a Celine se mantêm. Balmain, Givenchy, Ferragamo, Dolce & Gabbana e Zimmermann são outras das marcas que podem ser encontradas. "A procura de produtos de luxo está a crescer não só para o público estrangeiro de alta qualidade, que é um must em Cascais, mas também para os portugueses", declara a responsável, acrescentando que "há um público cada vez mais informado sobre moda e tendências de moda que procura novos estilos e novas marcas".

Depois do Rossio, a loja multimarcas chegou ao Centro Comercial das Amoreiras, mal este inaugurou, em 1985. O primeiro espaço viria a fechar em 2007, dando lugar à Benetton, numa altura em que a Baixa lisboeta esteve votada ao abandono. Durante muitos anos, a empresa ansiou por abrir no Norte, mas tal só aconteceu em 2022, em Matosinhos, no Norteshopping.

A loja do Porto tem sido uma "aposta ganha com uma curva de crescimento acentuada", diz a responsável ao PÚBLICO, reconhecendo que "houve um período de aprendizagem e de estabilização de equipas, como é normal". E conclui: "Em 2025, atingiremos a velocidade de cruzeiro."

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