Tesouros de família que vão dos cravos ao pão

A festa da Ciência Viva, o Curto-Circuito para os mais jovens, O Tesouro d’A Bruxa Teatro, Literatura em Viagem, Voltas ao Pão e cravos que tocam. Tudo a circular com a bandeira da liberdade.

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A Ciência Saiu À Rua Num Dia Assim… DR/CIENCIA VIVA
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FESTAS

A Ciência Saiu à Rua Num Dia Assim…
Abril a Dezembro

Em ano de cinquentenário do 25 de Abril de 1974, a rede de centros Ciência Viva pede emprestadas as palavras de Zeca Afonso – e a sua “alegria, vida e futuro” – para dar o nome à campanha que aponta a lupa à liberdade que a Revolução dos Cravos trouxe à sociedade no geral e, em particular, à ciência e à tecnologia.

Em vigor até ao final do ano, alinha actividades como oficinas criativas, conversas, encontros, promoções ou passatempos nos 20 centros nacionais (mapa completo em www.cienciaviva.pt/50-anos-25-abril) e traz uma experiência virtual à mão de semear: uma aplicação de realidade aumentada, criada pelo artista Leonel Moura e acessível por QR Code, que permite plantar cravos virtuais por toda a parte.

Curto-Circuito - Ciclo Mais Jovens
13 e 14 de Abril

Terceira edição do evento desenhado pela Circolando e apontado aos mais novos (a partir dos quatro meses). A Central Elétrica - CACE Cultural do Porto dá o cenário ao programa, inspirado nos 50 anos do 25 de Abril e feito de espectáculos, concertos e oficinas.

B Fachada com música que É Pra Meninos!, MacBad e Romeu & Julieta do Teatro Praga, CircoParaKids, sessões de Cinema Insuflável e livros infantis são alguns momentos que alimentam o cartaz, detalhado em circolando.com.

Sábado e domingo, a partir das 15h, com entrada gratuita (algumas das actividades estão sujeitas a reserva prévia aqui).

Circular na Várzea
13 e 14 de Abril

Em Torres Vedras, o Parque Verde da Várzea acolhe um fim-de-semana de actividades sob o signo da sustentabilidade.

Educação ambiental, mobilidade, economia circular e bem-estar são alguns dos conceitos que dão corda ao programa da iniciativa, onde se encontra um mercado de artesanato e venda de artigos em segunda mão, mas também trocas de livros, oficinas para todas as idades, compostagem, exposições, visitas guiadas, conversas, aulas de pilates, zumba ou ioga e, até, um eco-piquenique.

Aberta das 10h às 18h (no domingo encerra às 16h), a festa tem entrada livre, estando algumas actividades sujeitas a inscrição prévia.

TEATRO

Mundo Oco
11 a 14 de Abril

Rosinda Costa interpreta este solo teatral que conta a história da morte do rio Doce, no sudeste do Brasil, e da catástrofe ambiental causada pela ruptura de duas barragens no estado de Minas Gerais (que ficou conhecida como tragédia de Mariana por conta do nome da vila próxima ao local).

O desastre é aqui lembrado para servir de “catalisador de reflexão sobre o futuro da relação (física e espiritual) homem-planeta”, salienta a sinopse. Uma produção da MãoSimMão Associação Cultural, em parceria com o Teatro-Cine de Torres Vedras, o Festival É-Aqui-In-Ócio da Varazim Teatro e o Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes, em Lisboa, que aqui cede a sala ao espectáculo.

Para ver quinta e sexta, às 11h; sábado, às 19h; e domingo, às 16h, com bilhetes a 3,50€ (dias úteis) e 7,50€ (fim-de-semana). M/12.

O Tesouro
11 a 27 de Abril

Adaptando livremente o conto homónimo escrito por Manuel António Pina, O Tesouro vai às tábuas pelas mãos d’A Bruxa Teatro, nesta que é a 51.ª criação da companhia eborense.

Estreia-se em sede própria, nos Antigos Celeiros da EPAC de Évora, e fala sobre uma viagem ao País das Pessoas Tristes, um lugar onde, apesar da boniteza e do clima agradável, o povo vivia infeliz e contaminado por uma misteriosa tristeza. Dizem que lhe faltava o mais importante: a liberdade. E é para encontrar esse tesouro que o curioso Artur vai partilhando a sua jornada, entre “trava-línguas, cravos vermelhos e um monstro que devora palavras”.

Dias 11, 25 e 26 de Abril, às 19h; e dia 27, às 11h (sessões para escolas, noutros horários e mediante marcação). Informações e reservas em abruxateatro@gmail.com. M/6.

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O Tesouro DR

DANÇA

Um Cravo Que Toca
12 a 24 de Abril

No Lu.Ca - Teatro Luís de Camões (Lisboa), Filipe Pereira mostra que se pode dançar ao som de um cravo. Fazendo eco dos 50 anos da Revolução dos Cravos, explora a forma como as flores nos tocam os sentidos, dos olhos ao nariz, passando pelas mãos, ouvidos e coração.

Isto sem esquecer uma regra importante: na democracia, tal como no jardim, importa semear e cuidar para depois colher os frutos, no caso, a liberdade.

Sessões para famílias ao sábado, às 16h30, e ao domingo, às 11h30 e 16h30 (para escolas, de terça a sexta, às 10h30), com bilhetes entre 3€ e 7€. M/6.

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Um Cravo Que Toca DR

LITERATURA

LeV - Literatura em Viagem
8 a 14 de Abril

Norteado pelas linhas de Eduardo Lourenço que ditam que “mais importante que o destino é a viagem”, o LeV volta a erguer a bandeira das letras com grandes nomes da literatura nacional e internacional. Matosinhos é então o ponto de partida para “novas geografias, mais prováveis ou improváveis, palpáveis ou poéticas, sempre à medida de cada imaginação”.

Nesta que é a 18.ª edição entram nomes como Afonso Cruz, Miguel Esteves Cardoso, Valter Hugo Mãe, Joaquim Arena, Isabela Figueiredo, Inês Pedrosa, Isabel Rio Novo, Rafael Gallo ou Dulce Maria Cardoso.

O festival recebe-os em tertúlias, debates, entrevistas, apresentações e espectáculos, a que se juntam exposições inspiradas na Revolução dos Cravos (Antes e Depois – O Poder Local em Matosinhos e Impressões sobre o 25 de Abril) e uma mostra de obras de Vhils e Bordalo II.

Os pequenos leitores não são esquecidos: à boleia do LeVzinho, há encontros e conversas com autores, uma exposição que mostra Um Olhar Infantil sobre o 25 de Abril, uma leitura encenada e Acts of Cod, uma peça de teatro-dança da companhia Esquiva que conta a história do bacalhau.

À excepção deste espectáculo (7,50€), todo o programa é de entrada livre. O cartaz detalhado pode ser consultado aqui.

PERFORMANCE

Voltas ao Pão - Assim Se Amassa, Assim Se Peneira, Assim Se Dá Voltas ao Pão na Masseira
13 de Abril

À boleia do projecto de celebração comunitária Remoinho, Manuela Ferreira assenta a criação nos vários momentos do ciclo do pão.

Entre os saberes ancestrais e as histórias e gestos das gentes, sempre com a mão de um grupo de trabalho da comunidade, investiga “o poder performativo da memória”, apresentando-o em dois momentos: na Casa da Memória de Guimarães e num moinho devoluto em Santo Estevão de Briteiros (nas traseiras da Casa da Cultura Castreja). Sábado, às 17h, com entrada gratuita.

VISITAS

No Palácio de Sintra com a Rainha
13 de Abril

Uma visita ao Palácio Nacional de Sintra, guiada pela rainha D. Maria Pia de Sabóia, a “última monarca a habitar o Paço Real antes da Implantação da República”, assim dita a promotora Parques de Sintra.

Encenada para relembrar como ali se vivia à época, em finais do século XIX e inícios do século XX, cruza “histórias, lendas e mistérios” para dar a conhecer mais sobre o monumento e a própria História de Portugal.

O encontro está marcado para sábado, às 11h, com bilhetes a 14€ (12,50€ dos cinco aos 17 anos; grátis para crianças até aos cinco anos). Quem não conseguir lugar nesta viagem, pode tentar a próxima, agendada para 11 de Maio.

OFICINA

Queremos Liberdade!
13 de Abril

Uma oficina-manifestação que tem como objectivo pôr as crianças a reflectir sobre o que é a liberdade no geral, quais são as liberdades da sua esfera individual e que sentido fazem se, afinal, “somos nós, os adultos, os responsáveis por elas”.

Uma actividade com exigências à altura, orientada por Paula Barroso e Fernando Carvalho no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada. Sábado, às 15h (dos cinco aos oito anos) e às 16h (dos nove aos 12 anos), com um custo de 5€.

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Queremos Liberdade! DR
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