Mais de 600 pessoas ainda presas em Taiwan após sismo que causou 12 mortes

Equipas de resgate têm recorrido a meios aéreos para entregar alimentos a muitos moradores que ficaram isolados pelo sismo.

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Sismo foi o mais forte dos últimos 25 anos em Taiwan EPA/DANIEL CENG
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Mais de 600 pessoas continuam este sábado presas em túneis ou áreas isoladas do Leste de Taiwan, três dias depois do maior sismo a atingir a ilha em 25 anos, que causou pelo menos 12 mortes.

A agência de gestão de catástrofes de Taiwan disse que cerca de 450 pessoas, que percorriam trilhos na altura do sismo, estão ainda retidas num hotel no Parque Nacional Taroko, um dos principais pontos turísticos da ilha.

De acordo com um novo balanço, o sismo causou pelo menos 12 mortos e mais de 1100 feridos. O número voltou a aumentar após terem sido encontradas duas vítimas num dos trilhos da região montanhosa de Hualien, perto do epicentro do abalo. As equipas de salvamento estão este sábado a tentar recuperar os dois corpos, que ficaram enterrados no trilho de Shakadang.

Além de pequenos grupos a pé com cães, os serviços de emergência mobilizaram helicópteros e drones para alcançar as pessoas retidas nas montanhas, onde as estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra e queda de rochas. Pelo menos dez pessoas continuam desaparecidas.

As equipas de resgate estão também a usar helicópteros para entregar alimentos a muitos moradores que ficaram isolados pelo sismo de magnitude 7,4 na escala de Richter, a que se seguiram centenas de réplicas.

O abalo de quarta-feira foi o mais forte em Taiwan desde 21 de Setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou mais de 2400 pessoas e feriu mais de 11.300.

Ainda este sábado, a diplomacia de Taipé criticou a Bolívia por ter manifestado solidariedade com a China após o sismo que afectou a ilha autogovernada, num acto que considerou "vergonhoso". "Não deviam ser o fantoche patético da China, que salta quando Pequim diz para saltar. Tal como Taiwan, a Bolívia não faz parte da China comunista."

Embora China e Taiwan vivam como territórios autónomos desde 1949, Pequim reivindica soberania sobre a ilha, que considera uma província, e não exclui o recurso à força para a "reunificação”.

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