Taxa de desemprego sobe para 6,7% em Fevereiro

Dados definitivos para Janeiro fixam em 6,6% a taxa de desemprego, 0,1 pontos percentuais acima do registado em Dezembro de 2023.

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Arranque do ano marcado pela subida do número de pessoas desempregadas Jose Sergio / PUBLICO
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A taxa de desemprego subiu em Janeiro, para 6,6%, e o Instituto Nacional de Estatística (INE) antevê novo aumento em Fevereiro, para 6,7%. Os dados publicados esta terça-feira revelam uma revisão em alta dos dados relativos ao primeiro mês de 2024, que apontava para uma estabilização em 6,5%.

Já com dados definitivos para Janeiro, o registo da taxa de desemprego nesse mês representa, simultaneamente, um aumento de 0,1 pontos percentuais em relação a Dezembro de 2023, uma queda de 0,1 pontos percentuais em relação a Outubro de 2023 e uma descida de 0,4 pontos percentuais relativamente a Janeiro do ano passado.

Para Fevereiro, os dados ainda são provisórios e apontam para um aumento de 0,1 pontos percentuais na taxa de desemprego face ao mês anterior e a três meses antes, para 6,7%. Contudo, este valor representa uma diminuição de 0,2 pontos percentuais face ao mesmo mês do ano passado.

A percentagem de população activa desempregada mantém-se abaixo dos 7% registados no arranque do ano passado, mas a tendência dos primeiros dois meses é de agravamento deste indicador.

A população empregada (5.000.200 pessoas) registou uma variação negativa em relação a Janeiro de 2024 (0,1%), mas positiva relativamente a Novembro (1,0%) e a Fevereiro de 2023 (1,9%).

Os dados estatísticos revelam ainda a existência de 359.400 desempregados em Fevereiro, mais 2,1% face a Janeiro e mais 3,2% em relação a três meses antes. Este desempenho fica, contudo, 1,1% abaixo de Janeiro de 2023.

Face a Janeiro do corrente ano, a população activa aumentou em 4,1 mil pessoas (0,1%) e a população inactiva aumentou em 1,5 mil (0,1%).

“Em Fevereiro de 2024, a população activa (5.359.600 pessoas) atingiu o valor mais elevado da série iniciada em 1998, tendo a população empregada (5.000.200 pessoas), nesse mês, ficado ligeiramente abaixo do máximo alcançado em Janeiro”, destaca o INE.

A subutilização do trabalho – indicador mais abrangente e que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inactivos à procura de emprego mas não disponíveis, assim como os inactivos disponíveis e que não procuram emprego – abrangeu 633,2 mil pessoas. É uma queda face ao mês anterior (de 0,4%), ao de três meses antes (de 0,5%) e ao do período homólogo de 2023 (de 3,2%). Em resultado, a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,5%, diminuiu nos três períodos de comparação em 0,1 pontos percentuais.

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