Cerca de 9000 doentes precisam de resgate médico de emergência de Gaza, diz OMS

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou este sábado novos números: 32.705 pessoas mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra e 75.190 feridas.

Foto
“Com apenas 10 hospitais a operar com capacidade mínima em Gaza, milhares de pacientes continuam privados de cuidados de saúde”, alertou o director-geral da OMS Reuters/Amir Cohen
Ouça este artigo
00:00
01:48

Cerca de 9000 pacientes da Faixa de Gaza devem ser retirados com urgência para tratamento, numa altura em que o território palestiniano tem apenas 10 hospitais a funcionar e em mínimos, alertou este sábado, 30 de Março, a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Com apenas 10 hospitais a operar com capacidade mínima em Gaza, milhares de pacientes continuam privados de cuidados de saúde”, alertou o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, numa publicação nas redes sociais. Antes da guerra, Gaza tinha 36 hospitais, segundo dados da OMS.

“Cerca de 9000 pacientes precisam de ser transferidos urgentemente para o estrangeiro para serviços de saúde vitais, incluindo tratamento de cancro, ferimentos causados por bombardeamentos, diálise renal e outras doenças crónicas”, disse o responsável.

Este número corresponde a mais mil pacientes do que na última contagem avançada pela OMS, no início do mês.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou este sábado novos números: 32.705 pessoas mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra e 75.190 feridas. As vítimas são principalmente mulheres e crianças, segundo o Hamas.

O director-geral da OMS disse que até agora “mais de 3400 pacientes foram encaminhados para o estrangeiro via Rafah, incluindo 2198 feridos e 1215 doentes”.

"Mas muitos mais precisam de ser transferidos. Instamos Israel a agilizar as aprovações para evacuações [de locais], para que os pacientes críticos possam ser tratados. Cada momento conta”, pediu o responsável.

Antes do início da guerra, em 7 de Outubro, 50 a 100 pacientes eram transferidos por dia de Gaza para Jerusalém Oriental e para a Cisjordânia, metade dos quais em tratamento oncológico.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários