Rússia anuncia que retomou cidade ucraniana de Ivanivske na região de Donetsk

Localidade era considerada a última na região de Donetsk que as forças russas precisavam de tomar para prosseguir o avanço para Oeste e em direcção a Sloviansk e Kramatorsk.

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Soldados ucranianos na linha da frente na região de Donetsk YAKIV LIASHENKO/EPA
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O exército russo anunciou este sábado que assumiu o controlo da cidade ucraniana de Ivanivske, a oeste de Bakhmut, no âmbito do avanço em direcção à estratégica cidade de Chasiv Yar, na região de Donetsk, anexada pela Rússia em 2022.

"No sector de Donetsk, graças às acções bem-sucedidas do grupo militar do Sul, a cidade de Krasnoye [nome russo para Ivanivske] foi libertada e a posição táctica na linha de frente foi melhorada", informou o Ministério da Defesa russo no relatório diário sobre a guerra.

Ivanivske é uma pequena cidade com pouco menos de 2.000 habitantes que está localizada entre Bakhmut, cidade tomada pelo grupo mercenário russo Wagner em Maio de 2023, e Chasiv Yar.

Esta localidade era considerada a última na região de Donetsk que as forças russas precisavam de tomar para prosseguir o avanço para Oeste e em direcção a Sloviansk e Kramatorsk.

Ainda segundo o Ministério da Defesa russo, as forças da Rússia melhoraram as posições a sul da região de Donetsk, no âmbito do avanço em direcção a Urozhaine, Makrivka e, sobretudo, Vugledar, praça que tentaram tomar sem sucesso.

Ataques afectam refinarias russas

Os recentes ataques ucranianos com o uso de drones às refinarias russas reduziram a produção de combustível em 10%, afirmaram os serviços secretos britânicos no seu relatório diário sobre a guerra na Ucrânia.

"Os últimos ataques às refinarias afectaram pelo menos 10% da capacidade de refinação da Rússia. As reparações podem envolver tempo e fundos consideráveis", afirmou o Ministério da Defesa britânico em comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Os britânicos referiram que os drones ucranianos atacaram 12 refinarias no dia 17 e que, nos dias 15 e 16, os meios de comunicação social ucranianos noticiaram ataques a três grandes refinarias na região de Samara, no sul da Rússia.

Adiantaram ainda que alguns destes locais situam-se a cerca de 900 quilómetros da Ucrânia, o que realça o alcance dos drones ucranianos.

"Estes ataques têm um custo económico para a Rússia e afectam o seu mercado interno de combustíveis”. O Reino Unido considerou também que as sanções dificultam a substituição do equipamento danificado.

Em resposta a estes ataques, a Rússia está a preparar a instalação de sistemas antiaéreos Pantsir para proteger as refinarias, mas, "dada a dimensão e a escala da indústria energética russa, é improvável que a Rússia consiga proteger todas as instalações vulneráveis".

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