Festival Política regressa a Lisboa em Abril sob o tema Intervenção

O evento decorre entre os dias 3 e 5 de Abril com cinema, performances, exposições ou conversas. Segue depois para Braga, Loulé e Coimbra. A entrada é gratuita.

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Em Lisboa, o festival acontece no Cinema São Jorge Margarida Basto

Intervenção é o tema central do Festival Política, que regressa em Abril ao Cinema São Jorge, com uma programação que inclui cinema, performances, música, humor, exposições e conversas, anunciou esta quarta-feira a organização. A entrada é gratuita.

Numa altura em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a programação do Festival Política, dinamizado pela Associação Isonomia, "convoca jovens artistas, criadores, académicos e activistas para desenvolverem propostas e reflexões focadas na necessidade de fomentar a participação dos cidadãos nos actos eleitorais e o envolvimento com as instituições e as suas comunidades".

A programação estende-se ao longo de três dias, entre 3 e 5 de Abril, e um dos destaques é o espectáculo de humor O que Importa é Participar, de Hugo van der Ding, que "percorre as participações especiais da História de Portugal que comprovam a importância da participação ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa".

A música fica a cargo de Miss Universo, dupla composta pelos músicos André Ivo e Afonso Branco que irá editar o álbum de estreia no final do verão, e de Luta Livre, projecto do músico Luís Varatojo, "num espectáculo/tertúlia que dá primazia à palavra e fomenta o diálogo com o público".

Este ano, serão exibidos no festival onze filmes, entre curtas e longas-metragens de animação, ficção e cinema documental. A organização destaca os documentários Sapadores da Humanidade, de The Gandaya Colletive, A Cor da Liberdade, de Júlio Pereira, Maghreb"s Hope, de Bassem Ben Brahim, Monte Clérigo, de Luís Campos, e Mistida, de Wilker Nhaga.

Durante o festival, é possível ver quatro exposições: História LGBT+ em Portugal; Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal?, na qual é feita uma análise aos números oficiais da abstenção; Polarização Afectiva: causas e implicações para o sistema democrático, baseada em artigos científicos sobre o fenómeno da polarização; e MulheresPPT, que "celebra as mulheres que desempenharam papéis cruciais na política portuguesa".

A programação inclui vários debates e conversas, como Estas histórias ajudam a aumentar a intervenção cívica e política?, que integra jovens e moradores, "repórteres comunitários", de Mem Martins (Sintra), Chelas (Lisboa) e Casal da Boba (Amadora).

Há ainda a apresentação do projecto audiovisual Faz-te Ouvir, em que se "propõe desmontar preconceitos e estereótipos" associados às pessoas ciganas em Portugal, que segundo um novo e inédito estudo da antropóloga Ana Rita Alves têm 43 vezes mais probabilidades de serem mortas pela polícia; a performance/conversa A minha identidade é um insulto, na qual se "analisa a procura do próprio espaço cujo direito continua a ser negado"; e a estreia do formato Beers&Politics em Portugal, com a presença do consultor em políticas anticorrupção João Paulo Batalha, num debate em que se irá partir "da premissa do falhanço do combate à corrupção".

De acordo com a organização, os conteúdos orais do festival têm interpretação para língua gestual portuguesa, e todos os filmes são legendados em português, incluindo os de língua portuguesa.

A programação completa do Festival Política pode ser consultada em www.festivalpolitica.pt. Depois de Lisboa, o evento segue para Braga, onde irá acontecer entre 2 e 4 de Maio no Centro de Juventude, para Loulé, em Outubro, e Coimbra, em Novembro. Em Lisboa, o festival está integrado no programa de comemorações da autarquia relativo aos 50 anos do 25 de Abril.

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