PSP desmantela rede de tráfico de armas e apreende milhares de munições

Armas, munições, granadas e morteiros entre o material apreendido. Operação Bala Perdida fez 18 detidos.

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A PSP envolveu cerca de 200 polícias, contando ainda com o apoio da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Judiciária Militar Imagem fornecida pela PSP
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Mais de uma centena de armas de fogo e 18.730 de munições de vários calibres apreendidas e 18 pessoas detidas. Este é o balanço de uma operação da Polícia de Segurança Pública (PSP), através do Departamento de Armas e Explosivos, que decorreu em dois momentos: 13 de Novembro de 2023 e 13 de Março de 2024. Os resultados foram apresentados nesta quinta-feira.

Entre os objectos apreendidos há, além das armas de fogo de diferentes classes e das munições, 40 armas brancas, oito granadas, um lança-granadas, nove morteiros, coletes balísticos, bastões extensíveis, ecstasy, cocaína, haxixe e mais de 13 mil euros em dinheiro.

Segundo um comunicado da direcção-nacional da PSP, a Operação Bala Perdida visou o cumprimento de sete mandados de detenção fora de flagrante delito e 69 de busca e apreensão nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Évora. A investigação prolongou-se por 15 meses.

Foram detidos 18 indivíduos: quatro suspeitos de se dedicarem ao tráfico e mediação de armas de fogo e os restantes pela detenção ilegal de arma de fogo e tráfico de estupefacientes.

“O principal suspeito dedicava-se à actividade de compra e posterior venda de armas de fogo, munições, carregadores, silenciadores e outros componentes, fora das condições legais, destinadas a indivíduos que não possuíam qualquer tipo de habilitação legal que lhes permitisse portar armas de fogo”, acrescenta o comunicado.

O suspeito operava com outros intermediários que, posteriormente, disponibilizavam armas e munições a indivíduos sem licença de uso e porte de arma. “Tinha ainda uma rede de contactos privilegiados ligados à área das armas de fogo, nomeadamente um indivíduo que trabalhava num armeiro e que servia como mediador na angariação de compradores ilegais e que facilitava a compra de munições e componentes de armas de fogo.”

A PSP envolveu cerca de 200 polícias, contando ainda com o apoio da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Judiciária Militar. Os detidos da segunda fase foram nesta quinta-feira presentes a primeiro interrogatório judicial. Dois ficaram em prisão preventiva.

A PSP apresentará nesta sexta-feira, em conferência de imprensa, em Lisboa, mais resultados da operação.

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