Linha Circular do Metro de Lisboa já se vê a partir da futura estação de Santos

Tímpano do túnel entre futura estação e ISEG foi demolido esta manhã. Se tudo correr dentro dos prazos, nova linha, que ligará directamente Rato e Cais do Sodré, estará a funcionar no fim de 2025.

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Momento em que foi quebrado o tímpano que separava a futura estação de Santos ao túnel que ligará ao Rato LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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A futura estação de Santos do Metropolitano de Lisboa ficou hoje ligada ao novo túnel Rato/Santos, na expansão da Linha Amarela, um passo para a conclusão da planeada Linha Circular do Metropolitano, que abrirá à operação em 2025.

O tímpano do túnel entre a futura estação de Santos do Metropolitano de Lisboa e o ISEG foi demolido hoje de manhã, no estaleiro junto à Rua das Francesinhas, com a presença de jornalistas, do presidente do Metro de Lisboa e do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado.

Segundo Vítor Domingues dos Santos, presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, este evento "é a prova que os trabalhos estão a continuar em bom ritmo e que tudo está a começar a ficar garantido para que no fim de 2025" se inicie a operação da Linha Circular.

Já o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, considerou que nem a mudança de Governo deve alterar o prazo de conclusão da Linha Circular.

"Esta é uma obra que está em curso, que já tem um planeamento de conclusão para o próximo ano, portanto, não vejo que motivo existiria para se interromper um processo que já está numa fase tão avançada", disse, durante uma visita ao estaleiro do Metropolitano na Rua da Francesinhas.

"Não imagino que agora, no último ano, pudesse haver algum contratempo. Não acredito que seja um cenário", acrescentou.

No âmbito do projecto de expansão e modernização do Metropolitano de Lisboa, as linhas Verde e Amarela serão prolongadas em cerca de dois quilómetros.

A obra prevê novas estações, que "já estão em adiantado estado de construção", uma das quais em Santos, com acessos pela Travessa do Pasteleiro, pela Avenida D. Carlos I, um acesso principal no Largo da Esperança e um acesso por elevador ao Bairro da Madragoa.

O acesso à estação da Estrela estará localizado no edifício da farmácia do antigo Hospital Militar, com entrada integrada à Calçada da Estrela e ao Jardim da Estrela.

O ainda governante destacou que esta obra "é fundamental" para ganhos de eficiência no transporte na grande Lisboa, esperando-se mais de 12 milhões de passageiros por ano e uma redução equivalente superior a cinco mil toneladas de CO2.

Jorge Delgado enumerou ainda que a Linha Circular é apenas uma das obras em curso num "conjunto de grandes investimentos" no âmbito do Plano de Expansão e Modernização da rede do Metropolitano de Lisboa, entre os quais está a expansão da Linha Vermelha de São Sebastião a Alcântara, actualmente "já com o processo de concurso em vias de ser resolvido para começar a sua construção", e a Linha Violeta, que ligará Loures e Odivelas.

No caso da Linha Violeta, segundo o presidente do Metro, o concurso público para construção da linha de Metro Ligeiro de Superfície deverá ser lançado já na próxima sexta-feira.

No âmbito da construção da malha de transportes públicos metropolitanos, está ainda a ser articulado com as Câmaras Municipais de Lisboa e de Oeiras o projecto LIOS (Linha Intermodal Sustentável), enquanto o Metro Sul do Tejo tem um plano de expansão já previsto no novo pacote de fundos comunitários.

"Há aqui um conjunto de grandes investimentos e depois há o resto do plano que é preciso continuar a desenvolver, nomeadamente a extensão da Linha Amarela de Telheiras até Benfica", salientou.

Com um investimento total previsto de 331,4 milhões de euros, a Linha Circular vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações (Estrela e Santos), unindo as actuais linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa.

Segundo o Metro, a Linha Circular "permite densificar a oferta de metropolitano na cidade de Lisboa e ao mesmo tempo reduzir os tempos de deslocação dentro da cidade", ligando "o transporte ferroviário de Cascais e fluvial do Tejo ao eixo central e ao transporte ferroviário urbano de Sintra, Azambuja, Setúbal e regional em Entrecampos sem necessidade de qualquer transbordo".

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