Houthis prometem continuar a afundar navios britânicos no mar Vermelho

Governo liderado pelos houthis designou o Reino Unido como um “Estado pária que ataca o Iémen e se associa aos EUA no financiamento de crimes contra civis em Gaza”.

Foto
Navio britânico Rubymar afundou-se na madrugada deste sábado Reuters/United States Central Command
Ouça este artigo
00:00
01:49

Os houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, garantiram este domingo que vão continuar os ataques a navios britânicos no golfo de Áden, após o naufrágio do navio Rubymar, na sequência de um ataque dos rebeldes.

Este sábado, as forças armadas norte-americanas confirmaram que o Rubymar, que transportava mais de 41 mil toneladas de fertilizante, se afundou durante a madrugada, duas semanas depois de ser atingido por dois mísseis balísticos disparados pelos houthis, a 18 de Fevereiro.

“O Iémen continuará a afundar navios britânicos, e quaisquer repercussões ou outros danos serão postos na conta do Reino Unido, já que é um Estado pária que ataca o Iémen e se associa aos Estados Unidos no financiamento de crimes contra civis em Gaza”, escreveu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo liderado pelos houthis, Hussein al-Ezzi, no X (antigo Twitter).

Desde Janeiro que Estados Unidos e Reino Unido atacam alvos houthis no Iémen, em retaliação pelos ataques dos rebeldes iemenitas à navegação no mar Vermelho e golfo de Áden, reivindicados como acções de protesto em solidariedade com o povo palestiniano na Faixa de Gaza, vítima da violência israelita.

“Os houthis, apoiados pelo Irão, representam uma grave ameaça para as actividades marítimas globais”, acusou o comando militar dos EUA no Médio Oriente (Centcom), referindo também o impacto ambiental do naufrágio do Rubymar e os potenciais riscos para outros navios que atravessam esta zona.

“Os Estados Unidos e os seus parceiros continuam empenhados em salvaguardar a liberdade de navegação, reforçar a segurança e proteger as águas internacionais para navios mercantes", lê-se num breve comunicado divulgado nas redes sociais.

Ainda antes do naufrágio, no final de Fevereiro, Washington tinha alertado para um possível desastre ecológico desencadeado por este ataque, já que os danos no Rubymar, navio que navegava com bandeira de Belize, criaram uma mancha de petróleo ao longo de dezenas de quilómetros.

Sugerir correcção
Ler 4 comentários