Montenegro com reformados sem medo de cortes e um casaco à primeiro-ministro

O líder da Aliança Democrática tenta refrear excesso de optimismo na vitória no dia em que experimentou um casaco “exclusivo para primeiro-ministro”.

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Montenegro percorreu algumas ruas de Leiria tal como fez ontem Pedro Nuno Santos Nelson Garrido
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Montenegro em Leiria Nelson Garrido
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Montenegro em Leiria Nelson Garrido
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Montenegro em Leiria Nelson Garrido
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Campanha da AD em Leiria Nelson Garrido
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Montenegro visitou fábrica têxtil mas só cumprimentou trabalhadoras ao longe Nelson Garrido
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Um dos elementos da caravana da Aliança Democrática (AD) levanta o braço para sinalizar a Luís Montenegro, que se encontrava alguns metros atrás no mesmo passeio, que era preciso parar ali. Ao seu lado, está um casal de reformados, sorridentes: “Força, vamos ganhar!” É o que o líder da AD mais quer ouvir por estes dias, sobretudo, vindo de pessoas mais velhas, um eleitorado que a coligação apostou reconquistar nestas legislativas.

Albina Santos garante que não tem medo de um eventual corte de pensões caso Montenegro venha a ser primeiro-ministro. “Precisamos é de um futuro para os nossos netos. Isso dos cortes já passou”, diz ao PÚBLICO, depois de cumprimentar o líder da AD numa acção de rua em Leiria. Para o marido, José António, a vitória da coligação está à mão: “Nem precisavam de fazer campanha, da maneira que o Governo [PS] deixou isto...”

Montenegro já não ouviu a conversa, mas ao longo do dia pareceu querer refrear a euforia na coligação. “Ainda não ganhámos as eleições, mas sabemos que as vamos ganhar no dia 10 de Março”, disse no final do percurso – na mesma rua por onde passou esta quarta-feira Pedro Nuno Santos.

A mesma mensagem já tinha sido deixada de manhã durante a uma visita a uma fábrica de têxteis em Ansião (Leiria), depois de questionado sobre a sondagem da Cesop/Universidade Católica para o PÚBLICO e RTP. “Se alguém pensa que vamos entrar numa onde excessiva de euforia, não me conhece...”, assegurou. Naquele momento, o líder da AD experimentava um casaco azul-escuro fabricado na pequena empresa.

“Agora também quero ver. Não há aí um espelho?”, perguntou, com boa disposição. Pareceu a acção de campanha certa, um dia depois de ter sido atacado com tinta verde e ter ficado com o “casaco, a camisa e até os sapatos” manchados. O momento também pareceu adequado à pergunta sobre se vai mudar de fato a 10 de Março. “Tenho a certeza. Este é exclusivo para primeiro-ministro”, respondeu bem-humorado, enquanto uma costureira colocava alfinetes no tecido para ajustar a altura.

Durante a visita, Montenegro ouviu o administrador da Avelmod, Manuel Arnaut, assumir dificuldades na empresa desde Outubro do ano passado, por causa da “crise do consumo”. Fez perguntas ao gestor e mostrou estar a par dos problemas gerais das empresas, mas cumprimentou só de longe as funcionárias que estavam a trabalhar nos dois espaços que percorreu. Ali, não seguiu o mote do “voto a voto”.

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