A caça furtiva de rinocerontes na África do Sul aumentou em 2023

Apesar dos esforços para proteger a população criticamente ameaçada, os animais ainda são um alvo pelos seus chifres que são usados na Ásia para fabrico de alegados compostos medicinais e jóias.

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Rinocerontes-negros, um dos animais mais ameaçados de extinção, nos arredores de Klerksdorp, na província do noroeste, África do Sul, 24 de Fevereiro de 2016 Reuters/Siphiwe Sibeko
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A África do Sul registou 499 rinocerontes caçados em 2023, mais 51 que no ano anterior, apesar dos esforços para proteger os animais, disse o governo esta terça-feira. A África do Sul é o lar de quase metade da população de rinocerontes-negros criticamente ameaçados na África e da maior população mundial de rinocerontes brancos quase ameaçados.

Os rinocerontes são caçados pelos seus chifres, que são utilizados nos países da Ásia Oriental para o fabrico de medicamentos tradicionais e jóias. Em 2023, 406 rinocerontes foram mortos em propriedades estatais e 93 em parques, reservas e quintas privadas, informou o Departamento de Florestas, Pescas e Ambiente da África do Sul num comunicado.

"A pressão foi novamente sentida na província de KwaZulu-Natal (KZN), com o Parque Hluhluwe-iMfolozi a enfrentar o peso dos casos de caça furtiva", confirmou a ministra do Ambiente, Barbara Creecy. "Embora a província de KZN tenha registado 49 detenções e 13 armas de fogo apreendidas, as equipas multidisciplinares continuam a trabalhar incansavelmente na tentativa de abrandar esta pressão implacável."

O Parque Nacional Kruger registou uma redução de 37% em relação a 2022, com 78 rinocerontes caçados em 2023. Nenhum rinoceronte foi caçado em qualquer outro parque nacional.

A caça furtiva de rinocerontes envolve frequentemente sindicatos criminosos internacionais que contam com a ajuda de caçadores furtivos locais e conspiram com os guardas florestais.

O Ministério do Ambiente da África do Sul afirmou, no ano passado, que estava a aumentar os serviços de saúde, formação e aconselhamento dos guardas florestais para os desencorajar de ajudar os caçadores furtivos.

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