Príncipe William do Reino Unido diz que “demasiados” foram mortos no conflito de Gaza

A assumir um papel de maior relevo numa altura em que Carlos III se encontra em tratamentos a um cancro não especificado, o príncipe pretende também chamar a atenção para o aumento do anti-semitismo.

Foto
“Continuo profundamente preocupado com o terrível custo humano do conflito no Médio Oriente”, afirmou William EPA/NEIL HALL
Ouça este artigo
00:00
01:44

O príncipe William de Inglaterra apelou ao fim dos combates em Gaza, onde, segundo ele, demasiadas pessoas foram mortas no conflito.

As intervenções políticas dos membros da família real não são habituais, mas, nesta terça-feira, William, o herdeiro do trono, de 41 anos, deverá realizar uma série de compromissos para reconhecer o sofrimento humano causado pelo conflito no Médio Oriente.

O seu gabinete afirmou também que William, a assumir um papel de maior relevo numa altura em que Carlos III se encontra em tratamentos a um cancro não especificado, irá chamar a atenção para o aumento global do anti-semitismo.

“Continuo profundamente preocupado com o terrível custo humano do conflito no Médio Oriente desde o ataque terrorista do Hamas de 7 de Outubro. Demasiadas pessoas foram mortas”, afirmou William.

“Eu, tal como muitos outros, quero ver o fim dos combates o mais rapidamente possível. Há uma necessidade desesperada de aumentar o apoio humanitário a Gaza. É fundamental que a ajuda chegue e que os reféns sejam libertados.”

O príncipe de Gales, que em 2018 se tornou o primeiro membro da realeza britânica a fazer uma visita oficial a Israel e aos territórios palestinianos ocupados, irá na próxima semana a uma sinagoga para ouvir os jovens que estão envolvidos na luta contra o ódio e o anti-semitismo, como parte do seu programa de compromissos.

A guerra em Gaza começou a 7 de Outubro, quando combatentes do Hamas irromperam pelo Sul de Israel, matando pelo menos 1200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo mais de 250 reféns, naquilo a que o rei Carlos chamou “actos bárbaros de terrorismo”.

Desde então, a resposta militar israelita provocou a morte de mais de 29 mil palestinianos, segundo as autoridades sanitárias palestinianas.

Sugerir correcção
Comentar