Harry está de regresso aos EUA e William volta ao trabalho com Kate em recuperação

Após diagnóstico de cancro do rei Carlos III, o filho mais novo apressou-se a voar para Londres. Mas, depois de uma curta visita ao pai, já está a caminho de Los Angeles.

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Sobre o estado da doença, nem Carlos nem o Palácio de Buckingham deram quaisquer pormenores EPA/DIVYAKANT SOLANKI
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Foi a chamada visita de médico. Após a informação do diagnóstico de cancro ao pai, Harry, o filho mais novo do rei de Inglaterra, não esperou por se meter num avião e cruzar oito fusos horários, viajando de Los Angeles para Londres. Mas, após um curto encontro, de apenas 30 minutos, o monarca fez uma aparição pública e Harry teve de arranjar hotel para pernoitar, não tendo havido qualquer encontro com o irmão mais velho — algo por que muitos britânicos ansiavam.

Menos de 24 horas depois, Harry foi avistado no Aeroporto de Heathrow, onde apanhou um avião de regresso a casa. Enquanto isso, o príncipe William, filho mais velho do rei e herdeiro do trono, regressou ao trabalho para substituir o pai em funções públicas, não obstante a mulher, Kate, ainda se encontrar em processo de recuperação de uma cirurgia abdominal, que a deverá manter fora dos holofotes até depois da Páscoa.

Pouco antes de se saber da doença de Carlos, William, com a bênção do soberano, tinha adiado todos os seus compromissos para cuidar dos três filhos depois de Kate, de 42 anos, ter sido submetida à intervenção planeada. Porém, após o rei, de 75 anos, ter feito um tratamento no mesmo hospital que Kate, para um quadro de próstata aumentada, os exames revelaram um tumor não especificado, ainda que não relacionado com a causa pela qual foi hospitalizado, informou o Palácio de Buckingham. Tal obrigou William a mudar os seus planos.

O príncipe de Gales, de 41 anos, fez, nesta quarta-feira, a sua primeira aparição pública oficial desde a série de golpes na saúde da realeza, quando realizou uma investidura — uma cerimónia de entrega de honras de Estado — no Castelo de Windsor e, mais tarde, participará num jantar de gala para a London’s Air Ambulance Charity.

Com o rei a resguardar-se, estando a ser submetido a tratamento ambulatório; e Kate em convalescença, o trabalho real recairá sobretudo em William. Algo a que o mais velho de Carlos já está habituado, lembrou o biógrafo real Robert Hardman, citado pela Reuters, recordando o tempo em que William assumiu deveres de Estado substanciais, no final do reinado da rainha Isabel II, quando a monarca se ressentiu com problemas de mobilidade.

“Nesse aspecto, não é muito diferente, mas obviamente há o peso da expectativa”, avalia Hardman à Reuters. “Em muitas ocasiões, William terá de intervir, será uma espécie de quase-chefe de Estado, da mesma forma que o príncipe Carlos o foi quando a rainha estava doente.”

Entretanto, Carlos encontra-se em Sandringham, para onde viajou, após o encontro com Harry, e de onde planeia continuar com grande parte do seu trabalho como monarca, incluindo a sua audiência semanal com o primeiro-ministro, Rishi Sunak.

Sobre o estado da doença, nem Carlos nem o Palácio de Buckingham deram quaisquer pormenores, mas Sunak fez saber que o cancro foi “apanhado cedo”.

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