Exportações de cortiça registaram novo recorde em 2023

A associação sectorial indicou ainda que as vendas para os EUA, que já é o segundo maior mercado de exportação, ultrapassaram “pela primeira vez na história a barreira dos 200 milhões”.

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As rolhas de cortiça continuam a ser o principal produto exportado em valor, diz a APCOR Rui Oliveira
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As exportações portuguesas de cortiça atingiram, no ano passado, 1232 milhões de euros, aumentando cerca de 2% em relação a 2022, um "novo recorde do sector", de acordo com a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).

"As exportações portuguesas de cortiça atingiram o valor histórico de 1232 milhões de euros em 2023, um novo recorde do sector, correspondendo a um crescimento de cerca de 2% face a 2022", adiantou.

A associação destacou ainda o saldo da balança comercial e o comportamento das vendas para os EUA, num comunicado.

Segundo a APCOR, "a balança comercial ultrapassou pelo 3.º ano consecutivo os 900 milhões de euros, tendo atingido os 938 milhões de euros", devido "a uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 4,2 vezes", que a associação diz ser "um desempenho sólido", evidenciando "a importância e a competitividade do sector no mercado internacional e o grande valor acrescentado".

A associação indicou ainda que "as exportações para os EUA cresceram para 214 milhões de euros, tendo ultrapassado pela primeira vez na história a barreira dos 200 milhões".

Este mercado consolidou assim o segundo lugar "na hierarquia depois de França e à frente de Espanha, Itália e Alemanha".

A APCOR revelou que "as rolhas de cortiça continuam a ser o principal produto exportado em valor tendo crescido 2,1% e tendo ultrapassado pela primeira vez os 900 milhões de euros".

"Enquanto sector que exporta mais de 90% da sua produção, a conjuntura internacional continua a ser um factor preponderante no nosso desempenho, não estando o sector imune ao ajustamento das cadeias de abastecimento e ao abrandamento significativo na procura. Este facto foi evidente ao longo do ano, marcado por um primeiro trimestre de forte crescimento e os restantes de equilíbrio com os períodos homólogos do ano anterior", explicou João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR, citado na mesma nota.

A associação destacou "o facto de a cortiça ser um material único do ponto de vista das suas credenciais, técnicas e ambientais" e "ter uma clara preferência de profissionais e de consumidores", entre outras vantagens.

"É por tudo isto que, apesar da actual conjuntura, encaramos o futuro com optimismo. Num sector estratégico para o país, nas diferentes dimensões da sustentabilidade: ambiental, económica e social e de forma a consolidar a liderança mundial, será necessário reforçar e activar rapidamente os programas de promoção internacional, bem como dar continuidade ao desenvolvimento tecnológico do sector", concluiu o secretário-geral.

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