Receitas do alojamento turístico atingiram seis mil milhões de euros em 2023

Os dados preliminares do INE apontam para 30 milhões de hóspedes nos alojamentos turísticos portugueses em 2023. Proveitos cresceram 14% em Dezembro, para 289 milhões de euros.

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No ano passado, registaram-se 30 milhões de hóspedes nos alojamentos turísticos portugueses (mais 13,3% face a 2022) e 77,2 milhões de dormidas (mais 10,7%), “que terão permitido gerar 6,0 mil milhões de euros de proveitos totais (+20,1%) e 4,6 mil milhões de euros de proveitos de aposento (+21,3%)” no sector.

De acordo com os dados preliminares divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 verificou-se um aumento de 10,7% das dormidas (de 2,1% nos residentes e de 14,9% nos não residentes), “a que corresponderam aumentos de 20,1% nos proveitos totais e 21,3% nos relativos a aposento (+40,2% e +43,0%, respectivamente, comparando com 2019)”.

Relativamente a Dezembro, os proveitos totais subiram 13,9% face ao mesmo mês de 2022, atingindo 289 milhões de euros. O sector registou 1,8 milhões de hóspedes (mais 10,9%) e quatro milhões de dormidas (mais 8,2%) e os proveitos de aposento aumentaram 15%, para 204 milhões de euros.

Segundo o INE, o rendimento médio por quarto disponível situou-se em 36,2 euros, o que traduz um aumento de 9,2% na comparação com Dezembro de 2022 e de 7,7% face a Novembro. Quanto ao rendimento médio por quarto ocupado, foi de 92,4 euros (mais 6,7% em termos homólogos e cinco por cento, face a Novembro), registando os valores mais elevados na região de Lisboa (110,9 euros) e na Região Autónoma da Madeira (98,5 euros).

Comparando com valores pré-pandemia (Dezembro de 2019), os proveitos totais subiram 40,8% e os proveitos de aposento aumentaram 44,9%.

Já no acumulado do ano 2023, o rendimento médio por quarto aumentou 9,2%, atingindo 113,1 euros, com os maiores crescimentos nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (14,3% em ambas) e na área metropolitana de Lisboa (12,2%). “O Algarve e o Alentejo apresentaram as evoluções mais modestas (+4,4% e +5,2%)”, indica o INE.

Em 2023, e face a 2019, período pré-pandemia, “destacaram-se os municípios do Porto (+28,0%), Funchal (+24,2%) e Lisboa (+8,3%)” como aqueles com maior representatividade no total de dormidas. Em contrapartida, “Albufeira continuou aquém dos níveis pré-pandemia, tendo registado um decréscimo de 8,8%”.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento existentes (que incluem estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), no ano passado registaram-se 32,5 milhões de hóspedes e 85,2 milhões de dormidas, traduzindo crescimentos de 12,7% e 10,4%, respectivamente. As dormidas de residentes aumentaram 2,5% e as de não residentes cresceram 14,8%.

O Algarve concentrou 26,4% das dormidas em 2023 e, apesar de ser o principal destino turístico, “foi a única região nacional que não superou os níveis pré-pandemia”. Em comparação com 2019, os maiores crescimentos foram observados na Madeira (23,4%), Norte (22,8%), Açores (18,1%) e Alentejo (14,8%).

“Na globalidade dos estabelecimentos, a estada média (2,62 noites) diminuiu 2,0% (-2,3% nos residentes e -3,3% nos não residentes) face a 2022”, apontou o INE.

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