O elefante mudou-se para a sala do PS

A dinâmica da campanha em curso alterou-se no domingo. O pano de fundo permanece, mas a geografia do maior activo tóxico do actual debate político, a forma de lidar com a extrema-direita, mudou.

Ouça este artigo
00:00
05:54

Uma daquelas ironias do destino tirou um elefante da sala do PSD e mandou-o para a do PS. O destino, é óbvio, ficou traçado nas eleições dos Açores, e o elefante, é claro, é o partido de André Ventura. Pode parecer que o desfecho das eleições deixou praticamente tudo na mesma, sem maiorias claras e com distâncias curtas entre as duas principais forças políticas, mas ficar por uma leitura algébrica é descurar todo o contexto em que se move a política portuguesa nestes tempos turbulentos. A dinâmica da campanha em curso alterou-se nessa noite. O pano de fundo permanece, mas a geografia do maior activo tóxico do actual debate político, a forma de lidar com a extrema-direita, mudou de lugar.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 85 comentários