Em defesa do juridiquês

A última semana ofereceu-nos um exemplo perfeito de um país em que um número significativo de pessoas discute os assuntos políticos com total desdém pela lei.

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Li a história numa New Statesman da altura. Na edição de 2016 do festival literário de Edimburgo, a jornalista Ruth Wishart e o ex-deputado e ministro Malcom Rifkind debatiam se o “sim” dos britânicos ao "Brexit" facilitaria o “sim” dos escoceses à independência, caso houvesse um novo referendo. A dado momento, Rifkind levantou uma série de dúvidas constitucionais sobre a dívida pública e a soberania monetária e territorial da Escócia, objecções que o "Brexit" não tinha resolvido. Wishart acusou-o de falar em “juridiquês” (tradução minha para “lawyerly”), ao que Rifkind replicou: “Por outras palavras, não tem resposta.”

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