Alentejo: “Ninguém saiu nem vai sair” da concentração dos agricultores em Ficalho

Falha de comunicação e a presença de “infiltrados” terão desmobilizado dos agricultores em Vilar Formoso e Caia. Na fronteira de Ficalho estão cerca de uma centena de manifestantes com 70 tractores.

protestos,agricultura,alentejo,ambiente,espanha,clima,
Fotogaleria
Protesto dos agricultores para reclamar valorização do sector e condicoes justas. Agricultores portugueses bloqueiam estradas junto a fronteira com Espanha Maria Abranches
Agricultura
Fotogaleria
Agricultores portugueses iniciaram bloqueio de estradas nacionas, sobretudo junto à fronteira, esta quinta-feira Maria Abranches
protestos,agricultura,alentejo,ambiente,espanha,clima,
Fotogaleria
Agricultores portugueses iniciaram bloqueio de estradas nacionas, sobretudo junto à fronteira, esta quinta-feira Maria Abranches
Alberto João Jardim
Fotogaleria
Agricultores portugueses iniciaram bloqueio de estradas nacionas, sobretudo junto à fronteira, esta quinta-feira LUSA/JOSÉ COELHO
Fotogaleria
Agricultores portugueses iniciaram bloqueio de estradas nacionas, sobretudo junto à fronteira, esta quinta-feira Sergio Azenha
Ouça este artigo
00:00
02:11

Apesar da mobilização se revelar “muito dispendiosa e cansativa” para cada um dos participantes no bloqueio da fronteira em Vila Verde de Ficalho, “ninguém saiu nem vai sair da luta”, garantiu esta sexta-feira ao PÚBLICO Diogo Morgado, um dos organizadores da manifestação no concelho de Serpa, na região do Alentejo. Para este agricultor, a desmobilização dos agricultores que se concentraram em Vilar Formoso e na fronteira do Caia, deveu-se a “falhas de comunicação e da acção de gente infiltrada que enganou os manifestantes”.

As autoridades referenciaram a presença de cerca de uma centena de manifestantes e de 70 tractores e outras viaturas em Ficalho e S. Marcos da Serra. Agricultores que ontem se concentraram na A6 junto à povoação do Caia estarão a deslocar-se para Ficalho, alegando terem sido enganados com o anúncio dos pagamentos que o Ministério da Agricultura iria efectuar durante o mês de Fevereiro.

“Neste momento não temos nada palpável, nem qualquer informação que nos dê garantias de que as nossas reivindicações foram satisfeitas”, acentua Diogo Morgado, lamentando a desmobilização dos agricultores nos locais já referidos. “Aqui, em Ficalho, continuamos todos juntos e a reclamar pela satisfação do caderno reivindicativo que nos trouxe à rua” e a presença do secretário de Estado que está junto da ministra da Agricultura para nos esclarecer, já que o anúncio feito ontem, ao final do dia, de que o Ministério da Agricultura ia acelerar os pagamentos aos agricultores “não é garantia de coisa nenhuma” salientou.

A concentração mantém-se e persiste sem conflitos com os elementos da GNR. “Só temos a agradecer ao pessoal da guarda a colaboração prestada que tem evitado problemas. O porta-voz do Gabinete de Relações Públicas do Comando Territorial de Beja confirmou ao PÚBLICO que a concentração dos agricultores tem decorrido sem incidentes. “Até ao momento, tem havido um ambiente de cooperação entre as autoridades e os agricultores que estão a exercer o seu direito à manifestação” e que tem permitido o fluxo normal do tráfego de viaturas.

A GNR de Beja confirma que os agricultores continuam a bloquear a EN 260 em Ficalho e a EM 520 em São Marcos, concelho de Serpa, que dá acesso à ponte sobre o rio Chança e à povoação espanhola de Paymogo. O trânsito de viaturas pesadas foi desviado para Barrancos, Sobral da Adiça (a norte) e Pomarão (a sul).

Sugerir correcção
Ler 1 comentários