Já vieram mais cinco e outros tantos (ou mais) hão-de vir

Os 50 anos do 25 de Abril são um desafio para os músicos, que têm vindo a trabalhar nele.

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Falar do 25 de Abril é também falar de música. Porque não é possível dissociar o golpe militar que derrubou a ditadura em 1974 das canções que o rodearam, não só das que lhe serviram de senha (E depois do adeus, Grândola vila morena) mas também das muitas que o antecederam e prenunciaram (Portugal resiste, Trova do vento que passa, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Tourada, Maré Alta, etc.) ou das outras que, já em liberdade, passámos a ouvir com frequência, como o chamado Hino do MFA, adaptação de um hino militar inglês do século XIX intitulado Life on the ocean wave, com letra de Epes Sargent (1813-1880) e música de Henry Russell (1812-1900). Ainda que em Portugal lhe tenham feito também uma letra, escrita por José Niza e intitulada Desta vez é que é de vez, com arranjos de Shegundo Galarza, a versão que se ouvia vezes sem conta, nas rádios ou em manifestações, era instrumental. No YouTube, há até uma curiosa versão, datada de 28 de Abril de 1974, gravada pela banda da GNR (Guarda Nacional Republicana) no Quartel do Carmo, aquele que no dia 25 de Abril esteve sitiado pelas tropas de Salgueiro Maia e do qual saiu Marcello Caetano, deposto e rumo ao exílio.

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