Costa diz que o PSD “já não é um grande partido” — e isso não o deixa “triste”

Dos “últimos oitos anos”, o primeiro-ministro destaca a obra feita a “despolarizar a sociedade portuguesa” e revela que os incéndios de Pedrógão Grande foram o momento em que se sentiu mais impotente.

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Costa diz que se irrita “nos momentos de tranquilidade” e ganha “frieza nos momentos de maior tensão” Daniel Rocha
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António Costa, ainda primeiro-ministro, diz que o PSD “já não é um grande partido”, mas não fica “triste” por isso. E, dos “últimos oitos anos”, destaca a obra feita a “despolarizar a sociedade portuguesa”.

Em entrevista a um podcast da SIC Notícias, António Costa diz que “cada líder que chega” ao PSD resolve “destruir tudo o que está para trás”, acrescentando que “o país paga um preço político elevado pelo modo como o PSD se desconstrói permanentemente”. A seu ver, o maior partido de oposição já não é “grande” — o que não o deixa “triste”, apesar de isso “fortalecer a direita radical da Iniciativa Liberal e a extremista do Chega”.

O ex-líder do PS acredita que se houve “algo” que conseguiu fazer “nos últimos oito anos foi despolarizar a sociedade portuguesa”. E apontou os incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, como o momento em que se sentiu mais impotente à frente do Governo.

Descrevendo-se, diz que se irrita “nos momentos de tranquilidade” e que ganha “frieza nos momentos de maior tensão”.

Quanto ao futuro do PS, admitiu ter “noção” de que era “o último de uma geração” e que “era necessário abrir caminho para gerações futuras” — algo que acabou por acontecer pela mão de Pedro Nuno Santos, recém-eleito secretário-geral dos socialistas.

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