Depois de ter sido adquirido pelo grupo editorial Condé Nast, em 2015, o site de jornalismo e crítica musical Pitchfork vai agora fundir-se com a revista masculina GQ. “A partir de hoje, vamos integrar a equipa da Pitchfork na GQ”, comunicou na quarta-feira a responsável editorial da Condé Nast e directora da Vogue, Anna Wintour.

A fusão decorre da “análise cuidadosa dos resultados da Pitchfork” e daquele que o grupo editorial acredita “ser o melhor caminho para a marca” para que esta continue a exercer o seu propósito, explicou a porta-voz do Condé Nast, num comunicado partilhado com os trabalhadores. Anna Wintour reconheceu que alguns “colegas da Pitchfork vão deixar a empresa”.

Aquando do anúncio da fusão, vários trabalhadores foram demitidos, incluindo o chefe de redacção Puja Patel. Um dos jornalistas da Pitchfork, Matthew Ismael Ruiz, disse ao site de notícias The Verge que “metade da equipa” foi afastada das suas funções.

A editora Jill Mapes usou a rede social X para se pronunciar sobre os despedimentos: “Costumava referir-me ao meu emprego na Pitchfork como estar numa roda gigante prestes a fechar, sempre à espera que me arrancassem de lá. Oito anos depois, fui apanhada pelos despedimentos em massa. Fico feliz por ter passado esse tempo a tentar fazer do site uma coisa menos masculina, ainda que agora o veja a acabar nas mãos da [publicação masculina] GQ”, lê-se na publicação.

Ryan Schreiber criou a Pitchfork em 1996, nos Estados Unidos da América, como um blogue diário de notícias sobre música. O site rapidamente se tornaria popular à conta das suas críticas e classificações de temas e álbuns, e acabou por converter-se numa das publicações mais influentes desta área. Paralelamente ao trabalho editorial, também organiza o Pitchfork Music Festival, que se realiza em Paris, França, desde 2011.

Texto editado por Inês Nadais