Província em Itália está a recolher ADN de todos os cães para acabar com fezes nas ruas

Bolzano, uma comuna italiana, está a criar uma base de dados para os animais. Analisar as fezes vai permitir identificar o cão e o dono que pode pagar até 500 euros de multa.

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Recolher ADN de cães para acabar com fezes nas ruas: o plano de Bolzano Getty Images
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Depois da cidade francesa de Béziers chegou a vez de Bolzano, em Itália, traçar um plano para acabar com as fezes dos cães nas ruas e passeios. E para isso, basta ter acesso ao ADN dos animais.

O Governo da província anunciou que está a criar uma base de dados para os quase 40 mil cães que aí vivem. O ADN é recolhido através de uma amostra de sangue.

A plataforma, que ainda não está em funcionamento, tem como objectivo facilitar o trabalho dos varredores de rua e autoridades de saúde pública que, através da recolha e análise dos dejectos, vão conseguir identificar os animais e saber quem são os tutores que vão pagar uma multa que varia entre os 50 e os 500 euros.

Em declarações à Reuters, o responsável pelo serviço veterinário de Bolzano revelou que, a partir de Março, será obrigatório registar o ADN dos cães na base de dados, e que, até agora, já foram identificados dez mil.

Paolo Zambotto explicou ainda que a recolha de sangue é feita nos canis municipais ou clínicas veterinárias, requisito que, na pior das hipóteses, pode custar mais de 100 euros. O custo mínimo são 65 euros.

Os donos que se recusarem a fazê-lo incorrem numa multa entre os 292 e os 1048 euros. “Bolzano recebe algumas centenas de reclamações por ano de cidadãos sobre a gestão inadequada da via pública. Mais da metade são sobre cães”, declarou.

A província, que faz fronteira com a Áustria e usa o alemão como língua oficial, tem autonomia para aplicar medidas diferentes das de Itália. Ainda assim, esclareceu Paolo Zambotto, algumas cidades italianas aplaudiram a ideia e planeiam adoptá-la.

A medida ainda não tem data para entrar em vigor, mas não se aplica aos cães de turistas e de não residentes.

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