Greve na IP perturba circulação de comboios nos dias 2 e 4 de Janeiro

CP admite que serviços ferroviários também possam ser afectados nos dias 1, 3 e 5 de Janeiro.

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Dias de greve dos trabalhadores da IP terão serviços mínimos garantidos Tiago Lopes

Antecipam-se para a primeira semana de 2024 perturbações na circulação de comboios em todo o país, devido a uma greve convocada para os dias 2 e 4 de Janeiro por sindicatos dos trabalhadores da IP - Infra-estruturas de Portugal.

Num comunicado divulgado online, a CP - Comboios de Portugal informa que estarão garantidos serviços mínimos nos dois dias de paralisação. A empresa admite, contudo, que os serviços ferroviários poderão ser igualmente afectados nos dias 1, 3 e 5 de Janeiro.

Também a Fertagus, que faz a ligação ferroviária entre Setúbal e Lisboa, alertou que os seus serviços vão sofrer perturbações na próxima terça e quinta-feira.

Numa nota no seu site, a Fertagus — que explora a linha ferroviária com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP — indicou que as previsões de perturbações na circulação de comboios se aplicam das 00h00 às 23h59 de cada um dos dias da greve.

A transportadora, responsável por perto de 85 mil deslocações diárias, disponibilizou na sua página na Internet os condicionamentos previstos em ambos os sentidos.

Greve continua a 10 de Janeiro caso não se iniciem negociações

Durante estes dois dias, estarão em greve na IP trabalhadores de operação, comando, controlo, informação, gestão de circulação e conservação ferroviária.

Em declarações à Lusa, o presidente da Aprofer - Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, Adriano Filipe, explicou que a paralisação — a continuar no dia 10 de Janeiro caso não se iniciem negociações — está relacionada com as condições de trabalho e os vencimentos da profissão, descrita como exigente e complexa.

"Os motivos desta greve são os mesmos" da paralisação que tinha sido convocada para Setembro de 2022, lembrou, indicando que a IP se tinha comprometido, nessa altura, a negociar um acordo, mas que isso não aconteceu, apesar de terem remetido um documento ao grupo.

A greve conta com serviços mínimos, no entanto, nos termos definidos pelo Tribunal Arbitral, a IP informa que "garantirá a abertura de 25% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos - Lisboa e Porto e de 30% para as circulações de Longo Curso e Regionais no dia 2 de Janeiro".

"No dia 4 de Janeiro será assegurada a abertura de 30% do canal ferroviário para o serviço Urbanos - Lisboa e Porto e de 25% para as circulações de Longo Curso e Regionais", adiantou a Infra-estruturas de Portugal.

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