A minha cabeça é uma lista de supermercado

Mulheres como eu cresceram a achar que conseguiam fazer tudo sem ter verdadeiramente compreendido que esse tudo acaba onde começa a impossibilidade de conciliação.

Escrevo de Milão e, ao meu lado, num sofá-cama, o Pedro e o João dormem o sono dos despreocupados. Viemos visitar a minha irmã que, neste Natal, vai ter de trocar os pastéis de bacalhau pelo panetone enquanto pede ao Deus-menino que lhe dê um banco sem grandes complicações. E por ser uma viagem que se queria abraço, não fazia sentido deixar os pequenos em Portugal. Aliás, aposto que se tivesse de escolher entre ver-me a mim ou aos sobrinhos, a minha irmã não gastaria um segundo a reflectir antes de seleccionar a segunda opção.

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